31/10/2017

Fui pesquisar!

Andava curiosa com esta matéria e fiz uma breve pesquisa... 

Concluí, através de umas poucas leituras, que o nível máximo de decibéis que um ser humano consegue suportar de forma a não prejudicar a saúde e a não causar stress é de 55 decibéis. 

Repito: 55 decibéis! 

O choro de uma criança, é de 30 decibéis caso esteja apenas resmungar, vai aos 70 decibéis se for um choro normal a atinge o módico valor de 90 decibéis se for um choro estridente. 

Só para haver um termo de comparação, um berbequim deita 70 decibéis, uma sirene de ambulância deita 100 decibéis. 
(Não sei se o verbo deitar, nestes casos, é o correcto!) 

Ora... Portanto... 

Desculpem a falta de modéstia... Mas um viva a nós, educadoras e auxiliares, que trabalhamos acima do limite 5 dias por semana e 7 a 8 horas por dia. 

E, mesmo ficando surdinhas ao longo dos anos, conseguimos não enlouquecer e ainda gostamos do que fazemos! (Se calhar somos mesmo loucas!)  

25/10/2017

Preciso de me actualizar com urgência!

Quando uma das minhas crianças da sala de 1 ano brinca com um telefone e eu digo...

- Estás a falar com quem? Estou? Quem fala? Pergunta lá quem fala! 

E caio em mim... Já não estamos em 1987! Já ninguém pergunta quem fala! 

23/10/2017

Alguma coisa está a ser muito bem feita!

Este fim-de-semana fizemos arrumações profundas no quarto deles. 

Três sacos cheios de roupa e sapatos para mandar para as vítimas dos incêndios. 

Duas caixas de brinquedos para o lixo. 

Dois sacos grandes de brinquedos para mandar também para os meninos que perderam tudo. 

Ao deitá-los disse-lhes...

- Que bom ver este quarto tão arrumado. E que bom que conseguimos juntar tanta coisa para os meninos que perderam tudo! 
- Mãe, sabe aquela carteira cor-de-rosa que pusemos no saco?
- Sim! 
- Pus lá dinheiro! 
- Dinheiro??? Como assim??
- Tirei do meu mealheiro! Assim, a menina que ficar com aquela carteira pode comprar alguma coisa que lhe faça falta! 

Tenho os melhores filhos do Mundo! 

17/10/2017

Fui fazer meditação!

Uma amiga que anda a meditar, mandou-me um link com uma meditação especial. "Healing a Broken Heart" (Curar um coração partido) 

Ora... Eu nunca fiz meditação na vida. Mas estava aqui sem fazer nada. Crianças na cama e tal... Resolvi ver o que aquilo era. Mal não fazia! 

Li as instruções atentamente [basicamente como quem lê as traseiras da caixa de uma lasanha congelada!]

Percebi mais ou menos como tinha de me sentar, a respiração que devia fazer, os detalhes aos quais devia tomar atenção. 

E assim me sentei de pernas à chinês. No sofá porque estava frio e não me apetecia ir para o chão. 



Liguei a gravação. 

Isto é tudo muito bonito, mas quando se tem um cão em casa, não é fácil! Os primeiros momentos, enquanto o senhor cantava shalom-shalam-shalim, foram passados a enxotar Mr Darcy que insistia em lamber-me as mãos e cheirar as minhas orelhas. Os segundos momentos foram a pensar "Ca granda merda? Isto vai ser shalom-shalam-shalim até ao fim?"

Mas não! Ele começa a falar. E a orientar a meditação. Então temos um homem que parece que está a falar no fundo de um túnel, em inglês e que é "sopinha de massinha"! (Nada contra... A minha filha também é! Chama-se Sigmatismo!) O problema é que era suposto ele curar o broken heart e estava a falar em inglês no fundo de um túnel e era sopinha de massinha. 

Vá! Não sejas esquisita! Concentra-te! Então ele começa a falar do coração, da energia... E Vruuuuuummmmm!!! Passam dois carros a abrir. Onde? Na janela do homem! Devia ter previsto isto quando fez a gravação, ou não? 

E então eu tento concentrar-me de novo na meditação e na respiração e nas energias. E nessas cenas!

Percebo que, do lado de fora da minha janela, chove torrencialmente! Mas até acho agradável e sinto-me confortável. 

Pim! Caiu-me um e-mail!!! Porra! Não consegui ouvir aquela parte que ele disse agora... Será que o meu broken heart já não vai curar por causa desta parte? 

Volto a concentrar-me! Esta meditação está a ser um sucesso!!! 

E então ele diz que muitas vezes, nestas situações, as pessoas pensam muito no dia de amanhã. Eu concordo! Aceno afirmativamente. Começo a entusiasmar-me! E ele remata... E diz que as pessoas não devem pensar no dia de amanhã! E porquê perguntam vocês! Porque o amanhã vai ser igual a ontem! Porra!!! Mas que merda é esta? Ontem já foi menino! Quero lá repetir o dia de ontem!!! A malta quer é avançar!

Ok! Acalma-te! Isto deve fazer sentido daqui a bocado... 

Ele continua a falar. Relembro: em
Inglês, sopinha de massinha e no fundo de um túnel! Continuemos... 

Eu juro que estou a fazer um esforço! 

Daí a nada oiço o relógio digital dele a marcar as horas... Passados uns segundos, uma avioneta a passar-lhe por cima da cabeça! Tudo atinge o seu expoente máximo quando ele deixa cair folhas em cima do microfone e não as consegue apanhar. E eu ali... Firme! Sentada muito direita com pernas à chinês. As mãos relaxadas. O pescoço relaxado. A nuca pesadíssima! De tal forma que achei que podia estar a ter um AVC de tanto a sentir... Mas isso sou eu que sou hipocondríaca. 

O WhatsApp dá o toque de mensagem a entrar e Mr Darcy insiste e vem lamber-me as mãos outras vez... 

Ohhh F8€@-se! Caguei para a meditação! Vou buscar um copo de vinho Branco e um cigarro!  


Sem título

"Vieste de mansinho
Directo ao coração 
Sem que houvesse tempo
Para alguma precaução
Não sei se foi destino
Não sei se existe ou não 
Ou a seta do cupido
Com a força de um arpão"
Luisa Sobral

E a parte que custa mais é o silêncio instalado nos dias e arrancar o arpão de novo cá para fora. 

Com os dias divididos entre a tristeza, a incerteza e a revolta. 

E a angústia de um arpão arrancado à força do coração. 

Apanhar os cacos, é preciso apanhar os cacos...

Aquela hora!

Aquela hora em que já secaste as lágrimas. Porque tem de ser. 
Aquela hora em que começas a levantar a cabeça. Porque tem de ser. 
Aquela hora em que percebes que chega! Chega de teres pena de ti própria. Chega de [tentares] encontrar respostas que não existem. Chega! 
Aquela hora em que olhas à tua volta para fazeres o rescaldo. Aquela hora em que é hora de apanhar o que sobrou e refazeres-te com o que tens! 

É impressionante como as pancadas te vão fortalecendo ao longo da vida. A carapaça é cada vez mais forte. E isso não é necessariamente bom. Apenas necessariamente útil. 

O caminho de subida é sempre o mesmo. Para cima! Fazes rapidamente a revisão dos passos a tomar e lembras-te exactamente do que precisas de fazer. E sabes exactamente onde queres chegar. 

É chegada aquela hora de avançar. Primeiro devagar para lembrar o corpo de como se caminha. Para te habituares de novo ao ritmo da vida. E esperar pelo dia em que o passo fica mais firme. 

Aquela hora em que percebes que é de ti que tens de matar saudades. Aquela hora em que percebes que é de ti que precisas. Aquela hora em que percebes que é a ti que tens de recuperar. 

Essa hora chegou!

14/10/2017

Como é que se faz?

Como é que se faz para apanhar os bocados? 

Outra vez... 

Outra vez! 

Como é que se faz para apanhar os bocados, sendo que já sabemos como o fazer, só não estávamos à espera de ter de o fazer outra vez? 

Como é que se faz quando achamos que estamos a viver um sonho e ele desaparece? 

Como é que se faz quando achávamos que estávamos a construir um castelo e ele desfaz-se em pedaços em cima da nossa cabeça e esmaga-nos o corpo até não conseguirmos respirar? 

Como é que se faz quando voltamos a encontrar a esperança perdida e, de um dia para o outro, ela desaparece. Numa nuvem de fumo! De nevoeiro denso que nos entra pelos olhos dentro e não nos deixa ver para além das lágrimas. 

Como é que se faz quando vemos as promessas feitas saírem pela janela sem sequer termos tempo de reagir. Como é que se agarra uma coisa que achávamos que era nossa e afinal não? 

Como?

Como é que se faz? 

Já o fiz antes... Mas não sei como fazê-lo agora. Não depois de abrir portas que estavam fechadas. Não depois de acreditar em coisas que já não acreditava. Não depois de sentir aquilo que achava que nunca iria sentir. 

Parece que a alma sai para fora do corpo. De um corpo totalmente inanimado. Despido. No chão. Amachucado e vazio. E a alma perdida a pairar por cima. Sem saber para onde ir. Pequena, asfixiada e seca. 

Eu sei como se faz. Já o fiz antes. Só não sei como fazê-lo agora. 

Não sei como se faz, sabendo de cor como fazê-lo. 

09/10/2017

Decorar-te!

Gosto de ficar a olhar para ti! 
Só para te ver. Para te decorar. 
Gosto quando acordo a meio da noite e tu estás lá, e gosto de olhar para ti enquanto dormes. Gosto de te decorar. Cada linha, cada ruga, cada sinal. Gosto de te decorar cada expressão. 
Gosto que, à medida que te observo, a minha respiração vá ficando compassada com a tua. 
Gosto quando, à medida que te observo, as imagens de nós me passem na cabeça como um filme em retrospectiva. E adoro o que sinto quanto vejo esse filme! Mas adoro também imaginar o filme que ainda não aconteceu. E esse também me faz feliz. 
Gosto de ficar a olhar para ti. Só para te decorar. Quando falas com estranhos, quando te ris entre os teus amigos. Quando enches os sítios onde passas. 
Gosto de ficar a olhar para ti enquanto agradeço a sorte que tenho. E enquanto agradeço a benção que somos. 

Gosto de ficar a olhar para ti. 
E adoro quando me apanhas a decorar-te! 

02/10/2017

Rejubilemos!

O Canal Panda vai voltar em grande neste Outono!

Foi no dia 1 de Outubro que estreou a "Caderneta do Panda" onde as crianças vão poder jogar em estúdio com o querido Francisco Garcia, coleccionar muitas estrelas douradas e permitir à equipa entrar na Grande Caderneta dos Vencedores. Destinado a crianças dos 5 aos 7 anos, os nossos filhos vão poder assistir ao programa aos Sábados e Domingos às 18:00. 

Podem espreitar aqui mesmo!!! 

A grande novidade é que podem descarregar gratuitamente a aplicação "Caderneta do Panda" (iOS e Android) para poderem jogar em família e ao mesmo tempo adquirir a Caderneta do Panda e as saquetas de cromos para coleccionarem. 

O Vicente já começou a fazer a dele!!! 





É um 3 em 1! Programa de TV, aplicação e caderneta em modo vintage para levar para todo o lado e trocar com os amigos.