Aquilo de que vamos agora falar é muito grave...
Existe a possibilidade da Benedita não existir.
Este texto é escrito a duas mãos, as minhas e as da Duchess. Falámos muito, falamos durante horas, tomámos algumas diligências e resolvemos agora publicar este texto.
Podemos dizer-vos que é uma estória de arrepiar. Podemos dizer-vos que é importante darmos ouvidos aos nossos instintos, mesmo que pareçam absurdos.
E o que tem de ser tem muita força.
Mandei um e-mail à Duchess, a perguntar se conhecia a Bárbara pessoalmente, porque tinha recebido um e-mail com informações estranhas de uma pessoa que não tem blogue mas que segue alguns, apontando para o estranho facto de ter descoberto que algumas (senão todas) fotografias da bebé Benedita serem falsas. Ficámos ambas completamente chocadas. Mas as evidências estavam lá...
Podíamos pensar que seria para proteger a bebé, mas o facto é que foram postadas como sendo dela. Nestas fotos há legendas como “vejam lá se não tenho razões para estar babada”, às quais as pessoas fazem comentários e elogios, e a mãe Bárbara (?) nada desmente. Vejam por exemplo este post e comparem com esta fotografia de 2007 de uma bebé estrangeira. Azar dos azares, a pessoa que me mandou o e-mail conhece o pai da criança estrangeira e reconheceu a fotografia no post do blogue Brilhos e Fascínios! Ou ainda este post, com uma fotografia tirada do site da Caras onde curiosamente aparece uma bebé que também se chama Benedita com a mesma idade que ela refere no blogue. Para confirmar, fizemos ambas mais pesquisas... Não demorou muito até encontrarmos mais uma. Vejam este post onde ela até diz ser a cunhada que tirou a fotografia e qual o modelo da máquina. E este link do Pinterest, onde a única coisa que fizemos foi escrever no motor de busca "2 month baby" e foi logo uma das primeiras fotografias que apareceu.
Tudo isto deixou-nos a tremer... Não podia ser! A história da Benedita, por quem todas torcemos, por quem todas chorámos, era demasiado real. Ninguém podia inventar tanta coisa com tanto detalhe e tanto sofrimento...
Pelos vistos a Duchess já andava desconfiada de que algo não batia certo... Umas das situações que a deixou realmente com a pulga atrás da orelha foi ter-lhe enviado convite, pelo e-mail do blog dela, para o seu blog privado, e de ela ter aceite com outro nome. A Duchess não se apercebeu disso logo. Quem tem blogs privados sabe que se fica com o registo dos leitores do blog e dos e-mails com que acedem ao blog. A Duchess resolveu então averiguar algumas coisas, numa dessas pesquisas percebeu que o e-mail era de uma tal Francisca P. Na altura não fez nada e tentou arranjar justificações para o sucedido e esquecer este detalhe.
Hoje resolvemos fazer mais uma tentativa. A Duchess ligou para o número de telemóvel que supostamente pertencia a Bárbara e atendeu uma rapariga. Rapariga essa que quando perguntou se era a Francisca respondeu que sim e que quando lhe perguntou pela bebé desligou imediatamente o telefone.
A Duchess enviou também uma mensagem, via FB, à Francisca, que até agora não respondeu.
Temos esperança que tudo não passe de um mal-entendido. Seria muito mau e grave alguém fazer-se passar por uma pessoa que não é e pior ainda inventar um bebé que não existe e dar-lhe o desfecho que todas nós conhecemos... é que tem que ser uma pessoa muito doente. Mesmo que tivesse criado uma personagem falsa e não soubesse como se livrar dela, era fácil dizer que a bebé tinha melhorado e que precisava de passar mais tempo com ela e por isso iria fechar o blog, por um tempo ou para sempre. Mas não. Se esta estória foi mesmo inventada, foi por alguém muito doente que precisa muito de protagonismo.
Estamos arrepiadas com esta história. Mas por outro lado, é preferível ter raiva de uma pessoa que inventa uma história macabra destas, do que pensar que uma bebé pequenina passou por tudo aquilo e que está uma mãe a sofrer horrores por ter perdido um filho.
Achámos, depois de muito reflectir, que devíamos partilhar com vocês. Porque anda meia blogosfera a sofrer por uma bebé que se calhar nunca existiu. Não é a primeira vez que uma história destas acontece e não há de ser a última infelizmente.
Não foi fácil tomar esta decisão de contar mas achámos que seria o mais justo. Não conseguimos encontrar ninguém que conhecesse a Bárbara ou a Francisca pessoalmente. A Francisca P. Isto é que o que sabemos. E pronto.
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