A verdade é que...

Começo a ficar cansada!

Um mês em casa com eles é muito! Tendo em conta que mais de metade foi sem pai. As primeiras semanas foram óptimas. Mas começa a faltar imaginação para programas giros e paciência também. Eles estão mais unidos do que nunca, mas tanto se unem para a brincadeira como para a asneirada. Riem-se às gargalhadas com quando ralho com eles. Riem-se às gargalhadas à mesa. Tenho de dizer vinte vezes para se sentarem direitos, para porem as pernas para a frente, para porem as mãos em cima da mesa e para comerem. Riem que nem uns perdidos, não comem nada e cospem tudo. 

O excitamento é tal que há dias em que nem dormem a sesta, e a energia vai-se acumulando até explodir em qualquer parte do dia. 

Acho que lhes está a fazer lindamente estes dias em família, a fazer programas giros, a passear, a fazerem o que querem. E eu estou a adorar estar tanto com eles, mas começo a sentir falta da rotina e acho que lhes está a fazer falta também. De ordem, de regras, dos amigos, das educadoras. E estou a precisar de três ou quatro dias só para mim e de sentir saudades loucas e ir a correr buscá-los à escola! Mas também de respirar um bocadinho, de andar na rua sem carrinhos e preocupações, de beber um café em silêncio... É isso! Estou a precisar de silêncio!

Vou só ali a correr que o Vicente acabou de partir uma moldura...

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