Depois passas a ser mãe e percebes que afinal não sabes nada.
E lembras-te das terríveis dores de crescimento que te roubavam noites de sono e percebes que as ditas te consomem ao longo da vida depois de teres filhos.
Fazes um enorme esforço para lhes dar as respostas certas. Tanto a perguntas como a necessidades. Tentas sempre dar-lhes o exemplo que achas mais correcto porque isso (isso tu sabes) que eles aprendem com o que vêem e não com o que lhes dizemos. De todas as escolhas que fazemos em relação aos nossos filhos, fica sempre a dúvida. A dor de crescimento que te consome. Estamos a fazer demais? Estamos a fazer de menos? Estamos a fazer certo? Estamos a fazer errado? As decisões são sempre sofridas. Quer se trate de refeições ou de ralhetes.
Dás-lhes umas bolachas ao pequeno-almoço porque te esqueceste de comprar pão e sofres. Vais buscá-los 20 minutos mais tarde ao colégio porque resolveste fazer um desvio rápido e sofres. Estás cansada ou enervada com outra coisa e falas num tom desaquado com eles e sofres outra vez.
Não há meio termo. Não há assim-assim. Vai sempre doer-te. Porque mesmo quando fazes bem, achas sempre que não foi suficientemente bem.
O ideal era a gravidez não acabar. Tinhas os bebés protegidos para todo o sempre das tuas péssimas ou óptimas decisões. (Mesmo assim, ias sempre achar que não terias comido a coisa certa à hora certa!)
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