25/12/2018

Amanhã vai saber-me bem! Hoje ainda não!

É dia 25 de Dezembro. Volto para casa com as mãos vazias. Para uma casa vazia. 

No quarto deles ainda há roupa do Natal atirada para cima da cama à espera que eu cuide dela. Brinquedos espalhados pelo quarto, da manhã que passaram a brincar com eles pela primeira vez, antes de sairmos de casa apressados para irmos para o almoço de Natal. 

À noite, depois de quase 48 horas numa azáfama cheia de Natal e de vida, só está a casa. E o cão. E eu! 

Há 6 anos que é assim. E desde o Natal passado que eu sabia que hoje ia voltar a ser assim. 

O Pai veio buscá-los para uns dias de mimo, de brincadeiras, de tempo só deles. E eles foram tão felizes! E eu gosto tanto disso! 

Mas os anos passam e eu não me habituo. A isto! Ao 25 de Dezembro de mãos vazias. No Verão não custa tanto... É o Inverno! Este maldito inverno que me dá a volta. 

Amanhã já estou bem! Amanhã já encarnei o meu papel na minha vidinha pacata de solteira. 

Amanhã vai saber-me bem chegar a casa sozinha. Amanhã vai saber-me bem ter a televisão só para mim. Amanhã vai saber-me bem receber as fotografias deles nas suas brincadeiras. Amanha vai saber-me bem não ter obrigações. Amanhã vai saber-me bem ter silêncio. 


Hoje não! Hoje o silêncio é ensurdecedor. Hoje o vazio é arrebatador. Hoje não... 

14/12/2018

Devia ser obrigatório as madrastas substituírem as mães

Quem diz que as madrastas não substituem as mães, está a mentir. 

As madrastas substituem sim! E se não substituem, deviam fazê-lo! 

O tempo das madrastas más ficou na era da Cinderela. Hoje em dia as madrastas são porreiras. As madrastas são fixes. Muitas vezes, mais fixes que as mães. 

É importante que as mães entendam que os filhos adoram as mães incondicionalmente tal como as mães fazem com eles. Assim que as mães conseguirem fazer este exercício, vão ter segurança suficiente para entender que as madrastas não ocuparão nunca o seu lugar. O coração das crianças é muito maior que o dos adultos e por isso tem espaço para todas as pessoas de quem gostam. 

Assim que as mães entenderem que as madrastas não estão em competição com o lugar no coração dos filhos, as mães vão pedir por favor para as madrastas as substituírem. 

Mas porque é que as mães deveriam querer uma coisa destas? 

Substituir significa estar no lugar de. Se pensarmos que as madrastas só estão com os nossos filhos quando nós não estamos, percebemos que sermos substituídas por elas é bom. 

Quando nós não estamos, é bom sabermos que há uma figura materna (feminina se preferirem) a dar-lhes mimo quando se magoam. É bom sabermos que essa pessoa lhes vai pedir que comam a sopa até ao fim, que tomem banho, que verifiquem se lavaram bem os dentes. É bom sabermos que eles têm alguém que lhes tire a dúvida do trabalho de matemática, que os obrigue a vestir o casaco para irem à rua ou que os ajude a secar o cabelo. É bom sabermos que está lá uma pessoa que se vai sentar no sofá a ver um filme com eles, que lhes vai apertar o capacete da bicicleta e que lhes vai dar um lenço para assoar o nariz. Provavelmente vai ter mais paciência para jogar monopólio com eles porque é possível que esteja menos vezes com eles também. É bom saber que está alguém com eles que sabe como gostam do pão ao pequeno-almoço ou que não querem azeitonas na pizza. Que vai controlar os horários da cama e que lhes vai dar um beijo de boa noite e dizer-lhes para terem bons sonhos.

Mas o pai não é capaz de fazer o mesmo? Claro que é! Óbvio que é! E faz! Mas se a madrasta lá está, queremos que ela o faça também. Queremos que seja a madrasta porreira e fixe (muitas vezes mais fixe que a mãe) e não a madrasta da Cinderela. 

Por isso, sim! Devia ser obrigatório as madrastas substituírem as mães! 

Devia ser obrigatório as mães darem esse espaço às madrastas. 


Devia ser obrigatório os filhos sentirem que podem gostar das madrastas (quase) tanto quanto gostam das mães. Ou pelo menos entenderem que as mães não vão ficar melindradas por eles gostarem delas tanto quanto elas couberem nos seus corações. Mas isso já é responsabilidade das mães. Não é das madrastas. Nem dos filhos. 

13/12/2018

Crise dos 40 antes dos 40

O fim do ano é sempre época de balanços. Fazer a revista a tudo o que fizemos, ao que ficou por fazer. Refazer a lista de objectivos. A vida ensinou-me a não traçar objectivos muito altos. É preferível traçá-los exequíveis. Por isso fui deixando de ser tão exigente comigo própria. Prefiro atingir alguns a frustrar pelo caminho. 

Este último ano tem sido duro a nível de análise. Acho que a crise dos 40 chegou adiantada. Tenho pensado muito onde cheguei e revisto o caminho que fiz. 

Quando disse ao meu pai que queria ser Educadora (em vez de tirar o curso de gestão que ele ambicionava para mim) ele perguntou-me se eu queria ser pobre... Eu respondi que queria ser feliz! 

Hoje constato que nem sempre é fácil ser feliz! Muito menos num país onde a nossa profissão é tão desvalorizada... (Quase me mudei para a Tailândia quando o meu irmão me disse que lá eu podia receber 3 vezes mais do que recebo aqui.) 

Custa-me pensar assim porque tenho a sensação de passar por ingrata tendo em conta tudo o que já alcancei até aqui. Mas custa-me não poder ter uma vida sem sobressaltos. Sem jiga-jogas constantes para tapar buracos. Sem deitar a cabeça na almofada descansada e poder dormir tendo a certeza que teremos tudo o que precisarmos sempre que precisarmos. 

Na verdade não vai faltando nada. Mas só não falta porque eu me tornei uma acrobata olímpica que estica os braços em todas as direções e vai fazendo ultrapassagens perigosas quando vê um camião ao fundo em sentido contrário. 

Se calhar podia ter vivido mais descansada e menos feliz. Nunca vou saber. Os “ses” nunca têm resposta e pensar muito neles nunca foi solução. 

Sou muito feliz com o que faço e com o que tenho. Mas se pudesse ser feliz descansada era muito menos desgastante. 


Para 2019 não peço milagres. Dormir sem sobressaltos  já era suficiente! 

12/12/2018

A Magia de Natal acontece mesmo!

Com a Huawei, o Natal vai mesmo chegar a todos.

Depois de dar provas que a inteligência artificial (que tanto nos tem deslumbrado nesta marca) veio para ficar, chegou a vez de por essa mesma inteligência a fazer algo grandioso.

Neste Natal, a Huawei apresenta uma nova aplicação que vai trazer magia junto de famílias muito especiais. Estamos a falar da Story Sign que a mim, enquanto Educadora de Infância e Mãe, me tocou especialmente.

Esta aplicação tem a capacidade de ler histórias infantis em directo (bastando apontar o telefone para o livro) e uma simpática (e fofinha) avatar faz os gestos em língua gestual para que a criança entenda a história.

O momento de ler uma história na hora de dormir vai ganhar uma nova magia graças à Huawei e à Story Sign.

Obrigada Huawei por provares que a inteligência artificial veio mesmo para nos ajudar e não é tão assustadora como vemos nos filmes de ficção cientifica.

Querem mesmo ver como funciona?

Não percam este vídeo delicioso!