Enervas-me!!!

Enervas-me! 

Mas enervas-me tanto! 

Enervas-me ao ponto de bloqueares os meus pensamentos. 

Ao ponto de querer escrever-te mil coisas e não conseguir. 

Enervas-me quando chegas com esse sorriso de idiota que adoro. 

Enervas-me quando te fazes de sonso. 

Enervas-me por cheirares assim. 

Enervas-me por olhares dessa maneira. 

Enervas-me ainda mais de todas as vezes que te peço para te afastares e tu arranjas sempre um motivo estúpido, estapafúrdio, absolutamente ridículo e literalmente desprovido de sentido para te aproximares. 

Enervas-me ainda mais porque sabes que me enervas. E mesmo assim, insistes em enervar-me. 

Não sei quem é mais dependente do outro. Se eu de ti! Se tu de mim. E isso enerva-me até às entranhas. 

Enerva-me não conseguir lidar com isto. E não imaginas o quanto me enerva ter de te pedir para te afastares e ir contra o que me apetece. Enerva-me! E tu voltas! Que nervos!!......... 

Enervas-me a alma. Enervas-me os pelos dos braços que se levantam só de ouvir o teu nome. 

Enervas-me as pernas que perdem a força. 

Enervas-me os olhos que se enchem de lágrimas. É um cisco! Digo eu enervada à imagem que me olha do espelho. 

Enerva-me o teu tom de voz. Por não o ouvir mais vezes. 

Enervas-me até na forma como respiras. Porque me enerva que não o faças perto do meu pescoço quando acordas de manhã.  

Enervas-me! Tens noção? 

Tens a certeza!! E isso enerva-me ainda mais.