04/11/2008

É mesmo assim...

Cresci com uma educação cristã. Frequentei escolas católicas e com a entrada na vida adulta fui tendo mais certeza do que sinto por Deus. (Confesso - em primeira mão - que a uma determinada altura da minha vida pensei se deveria ou não seguir uma vida religiosa) Por isso mesmo agradeço a Deus todos os dias. Agradeço a vida que tenho, o marido que tenho, os pais que tenho. Agradeço por ter nascido onde nasci e nunca ter conhecido a guerra ou a fome. Cada vez agradeço mais quando olho para a minha filha e vejo uma criança tão saudável e feliz. E agradeço quando percebo que as dificuldades com que nos deparamos ao longo da vida, nada têm a ver com as dificuldades da maior parte das pessoas no mundo.

Apesar de todo este amor que tenho por Deus, há coisas que às vezes me irritam. Coisas essas das quais Ele não tem culpa nenhuma porque tenho a certeza que não foi Deus que pediu para se cobrar 20€ para que o processo de Baptismo da minha filha tenha uma assinatura de um tipo qualquer que trabalha no Patriarcado de Lisboa. E também não foi Deus que achou que deveria ser obrigatório pedir um certificado de hedoneidade, sim, é isso mesmo! Um certificado de hedoneidade para os padrinhos. Certificado esse que vai ser passado pelo Sr. Diácono da Paróquia de São Miguel de Sintra (no caso do Bruno). Este senhor nunca viu o meu irmão mais gordo nem mais magro! Nem tão pouco deve saber melhor do que eu se ele é portador dessa hedoneidade que é necessária para se ser padrinho. O que é certo é que preciso do carimbo dele. E para que esse senhor, que não conhece o meu irmão, me dê essa assinatura, eu vou ter de pagar mais uma taxa!

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3 comentários:

Cortes disse...

Que raio!!
Quando baptizei a Carminho não precisei de nada disso e muito menos tive de pagar alguma coisa! Que coisa mais estranha...

Kiki - Família de 3 e 1/2 disse...

Pois! Mas eu devo ter cara de rica porque quando me casei foi a mesma coisa!

Cortes disse...

Não falas com quem sabe... :) E já agora, porquê no Lumiar?