24/11/2017

Acho que descobri a pólvora!

Ontem deu-me um click! Se calhar era já óbvio para outras pessoas. Mas para mim não! Só ontem me fez sentido. E eu que achava que andava a fazer tudo certo. [Mas claramente não...]

Sempre que uma relação acaba, a nossa tendência é analisar o que foi mal feito. Claro! Se deu errado, não vamos analisar o que foi bem feito. E quando algo dá errado, assumimos que não vamos voltar a repetir os mesmos erros. Claro! Para não errar novamente!

É tudo tão óbvio! [E tão obviamente estúpido!]

Andamos [falo por mim] a tentar consertar erros dos outros em nós. A tentar corrigir no próximo as falhas do anterior. Esquecendo-nos [me] que o próximo e o anterior não são a mesma pessoa. Nem funcionam da mesma forma. E ando há anos a cometer o mesmo erro, indo em busca daquilo que eu julgava estar certo. Que basicamente era o que estava errado com o anterior. Mas não necessariamente com o seguinte! [Se calhar é melhor irem buscar um copo de vinho para poderem acompanhar esta salgalhada que para aqui vai...]

Eu achava que “agora” precisava era de um homem que gostasse de cães, que quissse uma família. Porquê? Porque foi o que não deu certo com o anterior.

E com o anterior eu queria era um que fosse católico e que  me tratasse como uma princesa! Porquê? Porque também foi o que não funcionou com o anterior.

Ontem, entre amigas, [e na brincadeira] comentava que agora eu queria era um portista! Porque chega de benfiquistas! E de sportinguistas! [Acho que nunca tive um portista! E se calhar o erro é esse!]

Fiquei depois a pensar mesmo o que queria eu... Ou gostava! E foi aí que me deu o click. O tal da pólvora [que se calhar já era óbvia para tantos, mas não para mim!] Andamos uma vida inteira a tentar remendar erros de uns nos outros. Quando os seguintes não têm culpa do que não funcionou com o anterior. E quando nós próprias não lidamos com duas pessoas diferentes da mesma forma.

Se calhar temos é de esperar para ver! Aceitar quando chegar. Aceitar não! Apreciar! E deixar a vida encarregar-se do que vier a seguir. Se calhar não é tanto a pólvora que eu descobri. Se calhar é o óbvio. Mas também dizem que é preciso cair 7 vezes e levantarmo-nos 8, não dizem?

22/11/2017

Em busca das bananas perdidas???

Não tenho bananas em casa há 2 dias. Não haver bananas nesta casa é quase como se não houvesse ar para respirar. [Tenho um filho viciado que não come mais fruta nenhuma...]

Ontem fui a um supermercado que tinha o Stock esgotado... 

Hoje mais dois... 

Às tantas encontrei uma funcionária... 

- Boa tarde! 
- Boa tarde! 
- Não há bananas? 
- Não! 
- Mas o que se passa com as bananas neste país????? 
- Não sei... Mas porquê? 
- Porque eu ando à procura de bananas desde ontem!!!! E não há bananas! Eu preciso de bananas!!!




Um pedido de desculpa à menina que me atendeu e um agradecimento sincero por não ter chamado o 112! Nem a GNR! 

Quando tentas ser aquela mãezona! Só que não...

Hije foi dia de Corta-mato na escola.
Não falavam de outra coisa há dias!!!
Fui buscá-los expectante!!!!

Ela apareceu primeiro...

- Então querida???? Correu bem???
- Hum... Fiquei em antepenúltimo!..
- Uauuuuu!!! Granda pinta!!!!
- Granda pinta?
- Claro! Se houvesse medalhas para os últimos, ficavas em 3.º lugar!!!
- Não percebo o que isso tem de giro!
- Eu sempre fiquei em último nos corta-matos da escola! És o meu orgulho!!!!

Ele apareceu depois...


- Então querido???
- Fiquei em 4.º!
- Espectacular!!!!!!! Granda pinta!!!!!
- Não é não mãe!
- Claro que é! Ficaste no top 5! Entre os melhores!!! E isso é um máximo!!!
(Ela) - Está a ver mãe? Os melhores são os primeiros! Não são os últimos!

20/11/2017

Acordar de manhã e por os pés no chão!

Acordar de manhã e por os pés no chão. Devagar. Com cuidado. Não podemos correr o risco de partir mais nada. 

Há dias em que, apesar do sol de Outono que entra pela janela, dentro do quarto faz frio e pouca luz. Sabes bem de onde vem a luz. A falta dela. Vem de dentro dos teus olhos. Mas também sabes que é quando metes os pés no chão que tens de mandar a escuridão embora. Porque tem de ser. 

Acordar de manhã e por os pés no chão. Devagar. Com cuidado. 

Despes os pesadelos. Tiras as insónias. Atiras tudo para um canto. E vestes com calma a camisola da coragem. Aquela com que acordavas todos os dias! Mas que agora tens de a vestir quando acordas. Sabes que a vida não tem qualquer pudor em por-te um pé à frente. E por isso não lhe podes mostrar qualquer sinal de fraqueza. Pode ser que assim ela se assuste e te deixe em paz. 

Acordar de manhã e por os pés no chão. Devagar. Com cuidado. 

Vestes o sorriso que guardaste do dia anterior. Ainda dá para por o mesmo. Os outros ficaram no cesto para lavar. Vais usar este até que desapareça. Gasto pelas novas esperanças. Sim! Aquelas que um dia hão de chegar e te trazer um saco cheio de sorrisos novos. Daqueles que não precisas de despir quando te deitas. 

Acordar de manhã. 
Por os pés no chão. 

Com cuidado para não partir o que sobrou! 

19/11/2017

Odeio a mãe em que me torno!

A cada lágrima que cai da tua cara, é um bocado do coração que me é arrancado. 
A cada suspiro teu desesperado, é uma volta apertada no meu estômago. 
A cada sacudidela desmotivada da tua cabeça, é uma espada cravada no meu peito. 
Odeio os trabalhos de casa! Mais do que tu, te garanto. Porque ver-te em sofrimento com eles, doí-me bem mais do que a tua frustração ao fazê-los. 
E aguento-me para não te dizer que tens toda a razão! Que os trabalhos de casa não deveriam existir. Aguento-me para não te dizer que devias era estar estendido no chão a montar as tuas cidades de Playmobil ou esticado no sofá a ver bonecos. Aguento-me para não te dizer que tens toda a razão! Aguento-me para não te arrancar os livros das mãos, sacudir as lágrimas que lá caíram e atirá-los pela janela. Num gesto libertador! Para ti e para mim. 
Odeio ver o teu sofrimento! Odeio ter que ralhar contigo. Odeio ter de te explicar que tens mesmo de os fazer mesmo que não gostes. Odeio ter de te comprar com meia hora de iPad se acabares num instante. Odeio ter de te explicar que o tempo que estás gastar, a refilar para fazeres uma coisa que odeias, é tempo perdido que já poderia ter sido investido nos trabalhos. Odeio! Odeio a mãe em que me torno nestes momentos. Porque odeio mentir-te! E porque odeio ver-te assim. Angustiado e frustrado a fazeres coisas que odeias. 
E mesmo sabendo [e explicando] que, infelizmente, na vida, temos de fazer muitas coisas que não nos dão prazer, e que esta é a primeira, é para aprenderes, é para te habituares, apetecia-me era dizer-te que as horas livres deveriam ser simplesmente isso! Livres. Para fazeres o que realmente te apetece e dá prazer. Que nem os adultos trabalham tanto como as pessoas do teu tamanho! Que nem os adultos têm de pegar no trabalho ao fim do dia. Nem ao fim-de-semana! 

Odeio os trabalhos de casa. E odeio cada lágrima tua vertida em cima das palavras escritas a lápis de carvão. E odeio cada suspiro teu tão carregado de desespero e frustração. Odeio ainda mais não conseguir dar a volta a isto. E não conseguir fazer-te mudar. 

12/11/2017

E vão 14!

Foi há 14 anos que me mandei de armas e bagagens para Bruxelas. Pela primeira vez estava sozinha no Mundo. E para o Mundo! Em busca de um Erasmus que não sabia bem o que era. 
Era uma menina! Uma menina da Foz armada em Menina de Cascais. Não sabia nada da vida apesar de levar todas as certezas absolutas no bolso. 

Há 14 anos vi-me metida numa casa com mais 9 pessoas. Éramos 5 raparigas e 5 rapazes. Cada um mais diferente do outro. Durante meses vivemos debaixo do mesmo tecto! Durante meses tivemos de conviver com os hábitos uns dos outros. Com os costumes. Com as culturas. Com as línguas. Com as educações.

Durante estes meses cresci! Aprendi mais do que alguma vez pensei aprender. Aprendi a viver sozinha, aprendi a viver comigo e aprendi a viver com o Mundo. Abri o coração a pessoas que nunca se cruzariam comigo se não tivesse saído de Cascais. 



O Victor dormia no quarto ao lado do meu. Era ele quem me emprestava o computador para usar o Messenger do Hotmail para falar com os amigos. Era ele que stressava comigo quando os outros não lavavam a loiça. Era ele que me acompanhava nas compras. Era ele que vinha aninhar-se no sofá com o seu chá à noite a ouvir os meus desabafos e a contar-me como foi viver no Ruanda nos anos 90. Foi ele que me ensinou a olhar para a vida de frente! Também era ele que me dava raspanetes quando eu acordava de ressaca porque era ele quem me dizia de véspera para não beber demais! E era ele que fazia o melhor Gratin Dauphinois! (No dia do Gratin, ninguém fazia jantar porque todos nós colávamos ao dele!) 

Esta semana o Victor ligou-me a dizer que ia fazer escala em Lisboa. Este Domingo foi passado (todinho) com ele. 14 anos depois que foi como se tivessem passado só algumas horas! E ele continuou a dar-me os mesmos raspanetes, os mesmos mimos e a mesma confiança para olhar a vida de frente! 

Mas qual é o mal???



Bem... Eu até tenho medo de me pronunciar sobre este tema... Porque julgo ser a única pessoa neste país que... Não percebe qual é o mal de uma data de pessoas empreendedoras, estrangeiras e inteligentes jantarem no Panteão!!! 

Vejamos... Aquilo já não é um local de culto. Estão lá pessoas sepultadas, é certo, mas ninguém lhes estava a faltar ao respeito. E mesmo que ainda fosse um local de culto... Já vi muito casamento dentro de igrejas ser bem mais ofensivo para o culto do que uns gajos a comer Foie Gras de entrada! 

O Panteão Nacional já não serve a Igreja. Pertence ao Estado. Se o nosso estado é laico... (e até existe uma tabela de preços para eventos no Panteão! Ah!! Alguém a fez!!!) Não vejo mal nenhum em lá ir lá um bando de tipos bem postos e bem vestidos jantar! É como se estivessem a jantar num museu. Adorava ter ido! 

Viram bem a fotografia do jantar?? Olharam bem para aquela beleza? 
Não era propriamente uma rave com gajas nuas a snifarem atrás do Camões... E quem nunca contou uma anedota dentro de um cemitério para aliviar a tensão de um enterro, que atire a primeira pedra!!! Seus hereges!!!! 

É bonito [e importante] que pessoas de fora conheçam a nossa História e os nossos antepassados. E que antepassados ali estão! Contam muito sobre a nossa raça e a nossa força. E que continuem a investir e a trazer ideias novas para cá. 

Ao menos eles estiveram interessados em lá ir! Quantos de vocês já lá meteram as unhas para homenagear um só defunto que lá está? Eu nunca! Mas também não ando por aí a azucrinar a moleirinha das pessoas. Só porque Portugal ganhou à Suiça, não chove e por isso ninguém fica doente, o assunto dos incêndios já morreu e as pessoas não têm mais nada do que falar.  

11/11/2017

Há uma lei que...

Que faz o Universo colocar um quarentão jeitosão e sozinho à minha frente, na fila do supermercado, sempre que eu compro pensos higiénicos acompanhada dos meus filhos!!! 

Ele - O que é isso mãe? É para os bebés da mãe? 
Ela - Não burro!!!! Não vês que são as fraldas da mãe?! 

Não sei porque insisto em ter companhia quando vou comprar cenas do foro íntimo! 

10/11/2017

Que se lixe! É Sex!

Na verdade... Na verdade eu avisei! 


Na verdade era sexta que queria escrever! Sexta-feira! Mas sabia que iam abrir o link à procura de conteúdos porcalhões! [Já vos conheço!]

Vamos lá ao assunto de que queria falar!

Abençoadas sextas!!! 
Chegar a casa sem pressa! 
Sentar no sofá em vez de ir a correr para a cozinha! 
Não ter o jantar pensado, mas... Que se lixe! Logo se arranja qualquer coisa!
Não os mandar ir fazer os trabalhos a correr porque... Que se lixe! Fazem amanhã!
Não os obrigar a ir para o banho porque... Que se lixe! Tomam amanhã! 
Não os obrigar a apanhar os sapatos porque... Que se lixe! Arruma-se amanhã! 
Não ter pressa para jantar, para arrumar, para falar, para fazer! Porque... Que se lixe! Amanhã também é dia!

Ahhh sentimento bom que só uma boa sex nos dá! Sexta! Sexta-feira! 

Eu avisei que vinham ao engano! 


08/11/2017

O dinheiro assim não estica!!!

- Sabem que mais? Se a mãe ganhar o Euromilhões, a primeira coisa que faz é ligar para a escola a dizer que vocês não vão lá por os pés durante um ano porque vamos dar a volta ao Mundo!!! 

Ficaram histéricos! Depois pedi a cada um que escolhesse 5 coisas para fazer se isso acontecesse. 

Ela... 
- Quero ir a Marte e à lua!
- Quero comprar todas as Barbies e Pinipons que houver! 
- Quero ir à Disney com a família toda!
- Quero uma casa nova!

Ele...
- Quero ir a Bangkok ter com o Tio!
- Quero ir à Disney!
- Quero ir ao Continente comprar M&M's!
- Quero comprar 4 Nerfs!
- Quero contratar o Joe Dassin para vir cá a casa cantar só para nós!

Entre levar uma filha à lua e contratar um morto para cá vir cantar, não sei se me vai sobrar dinheiro para o resto!.. 

07/11/2017

Mataste-me!

Mataste-me! 
Mataste-me em ti... 
Mas mataste-me em mim. 
Por dentro. 
E morrer dentro de um corpo vivo é uma morte cruel para quem sente. 
Para quem sente e para quem a sente.
Mataste-me o sorriso. 
E não foi apenas aquele sorriso patético que eu vestia todos os dias por tua causa... 
Mataste-me aquele que eu usava todos os dias. Por causa da vida. 
Tenho usado um que encontrei ao espelho. 
Mataste-me em vida. 
E mataste-me a vida que não estava ainda vivida. 
Mataste-me os sonhos. 
Mataste-me. 
Mataste-me o olhar que está agora baço. 
Mataste-me a expressão que está agora enrugada. 
E escura. 
Pior do que me teres matado em ti, é teres-me matado para os outros.
Mataste a serenidade que eu sentia.
Mataste a confiança. Não a que eu tinha em ti! Enfim, sim... Mas mataste a confiança que ainda não depositei em quem a merece. 
Mataste-me um caminho feito! 
Pedra a pedra. Com tanto cuidado. Com tanta precisão. Durante tanto tempo. Mataste. 
Mataste um passado e mataste um futuro. 
O presente, esse... Hum... Não se pode matar uma coisa vazia!
Mataste promessas. 
Mataste os abraços. 
Mataste os olhares e mataste as palavras. 
Como é que se matam as palavras?
Como é que se matam os olhares?
Como é que se matam as palavras ditas com os olhares? 
E os olhares que não precisavam de palavras?
Mataste!
Em ti. 
Em mim. 
Mataste aquilo que dizias que não iria morrer nunca.
E isso é que me mata ainda mais. 

06/11/2017

Os filhos são uma merda!

Dão uma trabalheira danada! 
E as preocupações? O último segundo em que vivemos sem preocupações de filhos, é depois do orgasmo quando os fazemos! Depois do teste positivo vêm as preocupações das ecos, dos percentis, dos resultados das análises e das medidas da nuca. Das contrações que chegam antes do tempo e do valor das tensões. E não sabemos nós da missa a metade! Nascem e chegam as preocupações das mamadas, se crescem se não crescem, se deitamos para cima ou para o lado, se a tosse é alérgica ou viral. E as manchas na pele e os cocós! E as noites em que não dormem. E os remédios e o raio que o parta. E continuamos sem saber da missa a metade! Depois vêm as guerrinhas com os amigos! Os tpc's e as notas dos testes. Se o menino tem défice de atenção ou dislexia. Se tem asma ou bronquite. Se é uma merda a matemática ou a ginástica. Se é gozado pelos amigos ou se é ele quem goza. Nem quero imaginar a adolescência! Nem quero! 
E quando há divórcios? Os fins-de-semana com o pai, a opinião da avó (a do outro lado), e se a namorada do pai é querida ou se não é. E as férias e os médicos. Hoje vais tu, amanhã vou eu! 
Mais os horários e as rotinas. Depois têm de tomar banho todos os dias e comer, diz que também precisam de comer. E não pode ser só uma salada ou um prato de cereais para despachar! Não! Tem de ser refeições equilibradas. E temos de pensar se há leites dos dele para levar para a escola e bolachas das dela. (Sem açúcar e sem sal!) 
E a despesa que dão??? É roupa que deixa de servir em metade de uma estação e os ténis que se desfazem a jogar futebol, mais o material escolar e agora é só mais uma visita de estudo mais uns trocos para os gelados porque a ida ao parque tem de ter gelados. 
É uma trabalheira danada! 

E depois de um fim-de-semana com o pai, em que estás a morrer de saudades deles (porque ainda assim, consegues morrer de saudades deles!) só te apetece comê-los de beijos! Mesmo com aquele cheiro a raposinha que trazem da escola mas que te parece infinitamente delicioso!!! E passas uma refeição inteira à mesa a ouvi-los contar como foi o fim-de-semana e o dia na escola e pensas que aquelas trabalheiras-danadas-fontes-de-preocupações que estão ali sentadas cresceram como o caraças. E cresceram bem!!! Bolas!!!!!!!!! Como cresceram bem!!!!!!

Depois vais pô-los na cama, deitas-te uns segundos ao pé deles a snifar-lhes o pescoço porque ainda não mataste as saudades todas e desabafas que estavas mesmo com saudades deles! 

E o micro-gajo que está ali deitado responde:

- Mãe.... Please! Só passaram... Espere! Passaram 4 dias??? Estava mesmo com saudades da mãe!!! Tantas que estou aqui abraçado à mãe e as saudades não passaram ainda!!!


Porra!!! Filhos-da-mãe!!! Valem cada merda de preocupação e trabalheira danada!!!! 

02/11/2017

Só depende de ti!

O caminho é solitário. Só depende de ti. 
Por muitas pessoas que tenhas à tua volta. Por muitas pessoas que tenhas a querer puxar-te para cima. Só depende de ti. Porque é feito de dentro para fora. E dentro de ti, só tu sabes do que precisas e qual a hora certa para cada coisa. 

O mapa para o trajecto está dentro de ti, mesmo que não saibas [ainda] qual a direcção. És tu quem tem de por um pé à frente do outro. És tu quem tem de decidir qual o pé que vai primeiro. És tu quem tem de decidir qual a velocidade a tomar. Só depende de ti! 

És tu quem decide se dás um passo para a frente ou um passo para trás. Porque nestas coisas dos caminhos, os solitários, às vezes é preciso andar para trás antes de dar outro passo à frente. Os dias não são todos iguais. Não têm a mesma luz. Nem a mesma temperatura. A única coisa que sabes (porque tens de saber) é que vais lá chegar. A cadência do caminho vai sendo moldada à temperatura dos dias. E à luz que vais tendo para ver a estrada. 

É preciso fazer as pazes! Contigo. Com a vida. 

É um caminho solitário mesmo que estejas rodeada de uma multidão. 

Os finais, podem muitas vezes não depender de ti! Mas os recomeços não dependem de mais ninguém.