31/01/2018

E vão 10!

Cheguei a casa de rastos! Extremamente cansada fisicamente. Doía-me o corpo! Enquanto aquecia restos de frango assado de ontem comprado na rua [porque esta semana não tive sequer ainda tempo pra cozinhar uma refeição!], fazia uma revisão mental do dia para ter a certeza que não me falhava nada das tarefas a que me tinha proposto. Ando sempre a mil! Tento gerir ao máximo o meu tempo! Nenhum segundo do dia é desperdiçado! Aproveito quando estou num elevador para responder a uma mensagem que recebi horas antes, aproveito enquanto me desloco do carro para a porta para checar os e-mails, aproveito as viagens de carro para devolver telefonemas, aproveito até quando me sento na retrete a fazer um xixi para confirmar um jantar.

O dia hoje correu bem! Correu mesmo muito bem! Apesar do cansaço, apesar da correria, só aconteceram coisas boas!

Na verdade parei também por momentos para agradecer! Não posso pedir mais! Tenho a vida que quero apesar de não ter tudo o que gostava. Tenho três profissões que amo! Embora a oficial seja a que me ocupa menos tempo do dia e ainda assim são 7h de trabalho. Sou Educadora, sou blogger e sou mãe! E estas três ocupações ocupam 24h do meu pensamento. Ser Educadora e ser Mãe são as mais fáceis de justificar. Ser blogger, apesar de não parecer é a que me dá mais trabalho! São horas a pensar em posts, horas a escrever, horas a publicar, horas a gerir comentários, a responder a mensagens e a e-mails. Levanto-me às 7:00 da manhã, deito-me perto da meia-noite e não tenho um segundo que seja em que não esteja a trabalhar. Seja na escola, seja com os meus filhos ou no blog. Só há um ano é que me profissionalizei nisto do blog, mas a verdade é que conto, a partir deste ano, com 10 anos disto! Dez anos! Nunca pensei chegar até aqui. Nem o meu casamento durou tanto tempo! Nunca sequer trabalhei 10 anos em algum lugar! Aquilo que começou por uma brincadeira, transformou-se numa paixão e numa profissão. Não faço a menor ideia de quanto tempo mais isto vai durar. Já pensei nisso várias vezes! Há de durar até deixar de me dar prazer. E isso pode ser até eu ser velhinha e até vocês aí desse lado me continuarem a visitar.

Fico fascinada com o que “isto” cresceu! Não só em dimensão mas em maturidade e em satisfação. Este blog acompanhou os melhores e os piores momentos da minha vida! Há pessoas que cá estão desde o primeiro ano. Que nunca vi na vida mas por quem sinto um grande carinho! Conheço-vos os nomes, conheço-vos as fotografias de perfil. [acreditam que reparo quando mudam?!] Se há alguém com quem eu devo partilhar o mérito da idade do blog, esse alguém são vocês! Se há alguém a quem eu devo agradecer, esse alguém são vocês. Sou-vos eternamente grata! No fundo, partilham comigo tanto! Às vezes mais do que com a vossa própria família nos e-mails que me escrevem. Sinto-vos comigo sempre que partilho uma simples piadola, sinto-vos comigo sempre que partilho uma enorme alegria e sinto-vos comigo quando partilho algum momento mais difícil ou alguma angústia. Dez anos bolas! Dez anos!

Os últimos meses do ano foram de uma grande angústia e sofrimento [como sabem...]. Felizmente 2018 chegou trazendo consigo um novo fôlego. Uma energia renovada! Muitas boas notícias e projectos que me deixaram de coração cheio e cheia de expectativas.

Hoje cheguei de rastos a casa. Mas é um cansaço ao qual já me habituei. No fim-de-semana recupero! Cheguei de rastos mas tão grata e tão feliz!

E a vocês, apeteceu-me dizer OBRIGADA! Por estarem aí há tanto tempo! Por estarem aí tanto tempo! Por estarem sempre aí. Para rir. Para chorar. Por estarem aí! Obrigada!

30/01/2018

E as coisas giras que eu descobri sobre o BigMac?





É um senhor! De meia idade! Mas continua tão delicioso e Original como quando nasceu. E nem o facto de ter 50 anos faz com que não nos dê vontade de lhe dar uma trinca!



Sim! Estou a falar do Big Mac. É impressionante que já faça 50 anos.






Tive o privilégio de ir à sua festa de anos. Em sua casa! Conheci o seu quarto, a sua cozinha e até tive oportunidade de ver as fotografias expostas na sala. Uma delícia!


Tive a honra de me sentar com os DAMA, de beber um copo com o Diogo Piçarra e de dividir o meu BigMac com o Rui Unas! Não... Esta parte é mentira porque eu não divido o meu hambúrguer com ninguém!!!

Mas também tive oportunidade de descobrir curiosidades do Big Mac que desconhecia e que adorei passar a saber!

Sabiam que o Big Mac é o único hambúrguer que está presente em todos os países onde a McDonald's tem restaurantes? (São mais de 100!)
Correção! Na Índia não existe e foi substituído pelo Chicken Maharaja Mac que é um hambúrguer de frango. Por razões óbvias!









Sabiam que a receita do Big Mac é a mesma desde 1968??? Exacto!! Nada mudou! Como dizia o Vasco Palmeirim e o Rui Unas no jingle que cantou na festa: “dois hambúrgueres, alface, queijo, molho especial, cebola e picles, num pão com sésamo!"









E ainda! Por último, mas não menos importante, em Portugal, a carne de vaca, a cebola e a alface, são 100% portuguesas! (Isso é que é de valor!!!)

E é isto! Um Sr hambúrguer! Que passou por tantas gerações e continua a fazer as nossas delícias! Com o mesmo sabor desde o primeiro dia!

24/01/2018

E depois chega mesmo!

Eu sabia que ele ia chegar! O dia! E chegou!

Quando passas pelo mesmo várias vezes, a merda é que antecipas o mal que vais passar, mas a parte boa é que já sabes como é o final. E o final nada mais é que o princípio!

Sabes o quanto vais penar. Mas também sabes o bem que te vai saber quando chegares ao fim.

Sabes que um dia, o teu sorriso vai deixar de ser forçado. E vais dar por ti, de repente, a sorrrir com vontade. A querer viver outra vez. E viver outra vez é acordar com gosto! É andar bem-disposta sem razão aparente. É teres vontade de rir e de abraçar as pessoas. É teres vontade de cantar só porque sim. [Bem... isso pode não ser bom para os ouvidos dos outros!]

Passo a vida a prometer às pessoas que este dia vai chegar. Está aqui a prova! Ele chega mesmo. Sai-te do pelo, sai-te do estômago, sai-te dos olhos e sai-te do coração. Mas depois, não são só as agonias que te saem por estes órgãos todos! As alegrias também! E o peso! Sai o peso dos teus ombros. Sai o peso de carregares uma mágoa que não escolheste. E quando esse peso vai embora, para bem longe, e percebes que chegaste até aqui, a vida recomeça! Desta vez a sério!

Também sabes que tão cedo não te metes noutra! Mas saberes que, se quiseres, até se pode proporcionar, tudo ganha cor. E sabor! E cheiro!

Levantas-te sem saber que já estavas em pé. Caminhas sem saber que já conseguias andar! E a vida prossegue! A verdade é que nunca parou! Mas agora já podes colaborar com ela outra vez, em vez de andares só a reboque.

Este dia chega! Respira, agradece e aproveita!!!

23/01/2018

Nada de especial é, muitas vezes, tudo o que precisas!

Tirei dois dias de férias. Por nada de especial. Ainda os tinha para gastar.
Durante estes dois dias não fiz nada de especial. Estive de férias. Em casa. Sem nada para fazer.

Mas o “nada” e o “nada de especial” são, muitas vezes, muita coisa!

Não fazer nada já é bom por si só. Não ter nada para fazer ou não fazer nada não é exactamente a mesma coisa.

O que eu quero dizer é que não fui para nenhuma praia paradisíaca, nem fui passear a Paris, ou fiz parapente. Tendo em conta que estou de férias e quando pensamos em férias pensamos logo em coisas diferentes daquilo que fazemos o ano inteiro.

Levantei-me cedo em ambos os dias. Eles tinham de ir para as aulas. Levei o cão à praia, deixei a casa arrumada, o jantar adiantado, fui buscá-los às 16:00 em vez de os ir buscar às 18:00. Dei-lhes tempo para brincar, sentei-me a estudar com eles, tomei o pequeno-almoço com pessoas especiais, consegui ver a minha casa com luz do dia, consegui olhar para o mar, consegui falar com desconhecidos.

No fundo, não fiz nada! Mas a verdade é que fiz tudo o que precisava. Tudo o que me fez sentir bem. Habituava-me a esta vida! A de fazer tudo o que é preciso sem ter pressa e a de não fazer nada quando se faz tudo!


22/01/2018

Porquê? Porquê???

Ao telefone...

- Boa tarde! Eu queria marcar uma consulta com a Dra Joana.
- A Dra Joana está de bebé.
- Ah... Então como faço?
- Posso marcar... Mas vai apanhar outro médico.

(Ainda não marcou nada! Mas já está a indicar que me vai fazer esse favor... Apesar de esta ser a sua função. Apesar de estar no seu horário de trabalho)

- Tudo bem! Não há problema! Pode marcar.
- O seu número de utente não pertence à Dra Joana. Tem de ligar para outro número.
(Atenção! Deparou-se com uma pedra no caminho do seu dia de trabalho, no meio das suas funções! Não há qualquer abertura para resolver o problema. Passa logo para outro número!)
- Impossível! A Dra é minha médica há 3 anos!!! Ainda em Setembro aí estive! Veja melhor por favor.
- Minha senhora! (Ai que vou apanhar!!!) Estou-lhe a dizer que a senhora não nos pertence. Não está o seu número na Dra Joana. Vai ter de ir a outro lado.
- Não está a perceber! A Dra Joana é minha médica. Eu não vou aí há 4 meses! Não estamos a falar de 4 anos! Eu preciso de uma consulta! A senhora não está a colaborar. Como é que vamos fazer?
- Olhe... (toda a gente sabe que “Olhe...” é a forma mais correcta e pró-activa de começar uma frase!) Dê-me o seu número. Vou ver o que consigo fazer!

Foi aqui! Foi neste momento que eu soube que ela se estava a cagar para mim. Que me pediu o numero só porque já não me podia ouvir. Não lhe interessou minimamente se eu estava a marcar uma consulta porque tinha uma borbulha na testa ou porque estava com sintomas de estar a falecer. Apesar de eu lhe ter ligado durante o seu horário de trabalho e ter pedido nada mais, nada menos do que algo que faz parte das suas funções. Ela é paga para isso! Mas cagou!

Claro que passaram 3 dias e não me ligou de volta. Mas isso eu já sabia que ia acontecer. Desloquei-me pessoalmente ao meu Centro de Saúde para fazer algo que podia ser feito por telefone. Aliás, estamos em 2018! Eu deveria era poder fazer isto numa aplicação. Mas não! Tenho de me deslocar lá para resolver aquilo que uma pessoa que está de mal com a vida não me quer ajudar a resolver.

Tirei a minha senha e aguardei. Fui analisando o tom das senhoras para tentar perceber quem tinha sido a lesma-passivo-inerte que tinha falado comigo ao telefone. O tom era muito semelhante entre as duas.

- Bom dia! Eu liguei para cá na semana passada. Blá blá! Ficaram de me ligar e ninguém ligou!
- Ah pois... É porque a senhora não nos pertence! Vai ter de ir a outro sítio.
- Ah! Então foi consigo que eu falei ao telefone.
- Não... Mas...
- Foi sim! Estou a reconhecer-lhe esse tom altamente motivado e pró-activo a querer resolver o meu problema.
- O problema é que o número da senhora não aparece. A senhora não nos pertence!
- Então eu vou explicar-lhe! Eu sou vossa utente desde que me lembro!!! A Dra Joana é minha médica há 3 anos!!!!!!! A última vez que eu estive cá foi em setembro!!!! Eu preciso de uma consulta!!! Ou a senhora admite que estamos perante um bug do sistema e vai resolver o meu problema, ou se me volta a dizer que eu não vos pertenço e que, portanto, estou maluca, eu vou ter de falar com o seu chefe para me ajudar!
- Mas eu não disse que a senhora era maluca! Só disse que não nos pertence!
(Aqui eu já me imaginava de pé em cima da mesa dela a arrancar-lhe os caracóis da mise e a berrar que nem uma louca! Eu! Não ela!)
- Está a chamar-me maluca sim!!!!! Se eu já lhe expliquei o que tinha para explicar! Faça alguma coisa se faz favor! Eu não vou sair daqui sem uma consulta marcada e sem o meu problema resolvido!!!!!

Lá se dignou a levantar-se...
Lá se dignou a arrastar-se até ao guichet da colega...

Claro que, em vez de dizer “ajuda-me a resolver o problema desta senhora” disse “Esta senhora não nos pertence mas insiste que é paciente da Dra Joana”! Em vez de lhe atirar com uma cadeira à cabeça, limitei-me a revirar os olhos e a rezar por ela!
- Meu Deus, porque sois tão bom! Faz com que estas pequenas criaturas da terra ganhem só mais dois neuronios por favor!

Em 5 minutos a colega resolveu o meu problema. Em 5 minutos a colega percebeu que tinha sido um erro do sistema. Em 5 minutos a colega explicou-lhe porque tinha acontecido e como dar a volta ao erro.

Em 5 minutos ela voltou a sentar-se à minha frente. Nem um pedido de desculpa. Nem uma explicação.

- A consulta é urgente? Quer marcar para quando?
- Não precisa ser para hoje, mas logo que for possível!
- Ok! Está marcada!
- Vou dar-lhe um conselho para a senhora usar para a vida!!! Os problemas só são resolvidos quando temos vontade de os resolver. Tudo na vida funciona assim!!! O “Oh Paciência!” da muito menos trabalho! Mas não nos leva a lado nenhum! Tenha um bom dia!

18/01/2018

Mãe solteira pode!

Já estava no fim do meu dia de trabalho quando me lembrei que hoje não tinha filhos. Liguei ao pai a confirmar. (Esta minha cabeça não é para se fiar...) Confirmado! O pai ia buscá-los!

Saí da escola directa para casa. Atirei uns legumes para dentro da Bimba e deixei a sopa a fazer.
Atirei este corpo cansado para dentro de uma banheira com água bem quente. (Quando é que a Primavera volta mesmo?) Do meu telefone, umas baladas pirosas saíam da goela da Simone e do Roberto Carlos, alternadamente, enquanto tentava concentrar-me a encontrar silhuetas nas manchas da pedra da parede da banheira. O objectivo era mesmo esse! Não pensar em nada! Apenas nas silhuetas das manchas da pedra da parede da banheira.

Toalha enrolada no corpo. Bem apertada e com os braços protegidos. (Como se tivesse 10 anos outra vez. Infelizmente não tinha!) Enquanto levantava levemente os olhos para me ver no espelho embaciado. O espelho estava embaciado mas eu sabia que a imagem ali reflectida tinha rugas bem visíveis à volta dos olhos, umas enormes olheiras de cansaço e muitos cabelos brancos cobertos por um loiro escuro acobreado.

Atirar-me para o sofá sem ter de acender as luzes todas da sala. O pijama quentinho e o cheirinho do creme acabado de passar no corpo. Uma sopa acabada de fazer e uma televisão ligada só para dar luz e fazer barulho de pessoas.

Nada! Nada me espera! Nem sequer o relógio.

A dureza de ser mãe solteira é frequentemente compensada por estes momentos sem relógio. Vazios de tanto e tão cheios de paz.

16/01/2018

Viva a carneirada


A hipocrisia é mais que muita!!! 
O programa da Nanny já existe há décadas em outros países.... imensa gente via e gostava (eu incluída! Que adorava o francês!) mas ver a criança a bater na mãe em português choca muito mais do que ver a criança a bater na mãe em francês. Talvez porque leva muitos portugueses a enfiar a carapuça e a rever naquela mãe a forma como educam as suas próprias crianças. 

A última indignação tem a ver com o facto da mãe ter recebido dinheiro para entrar no programa e expor a criança! 

Andamos todos a por likes nos blogs e Instagram da vida, onde as mães recebem dinheiro por post e onde expõem os filhos no banho, a lavar os dentes, com pijamas e remelas nos olhos! Mas como estão a rir em vez de estarem a fazer uma birra e como a casa-de-banho até está arrumada e com uma luz bonita já não choca! 

Pronto... era isto! Não vi o programa... mas enerva-me o choradinho e a carneirada. 


Estou muito mais preocupada com o facto do jogo do fcp ter sido interrompido ontem e as pessoas andarem a  dizer que a bancada partida foi comprada pelo Porto só porque estava a perder. Isso sim, indigna-me!!! 

04/01/2018

Tenho conversas incríveis com os meus alunos!

A parte boa de acompanhar grupos desde muito pequeninos, é que os primeiros passos e as primeiras palavras acontecem ali! Bem à frente dos nossos olhos!

Os meus (1 ano) estão numa fase que adoro! A de começarem a falar. E é impressionante como já conseguimos manter uma conversa.
Durante horas!!!

- A mãe?
- A mãe está a trabalhar!
- O pai?
- O pai está a trabalhar!
- A mana?
- A mana está na escola!
- A Kiki?
- A Kiki está aqui!
- A mãe?
- A mãe está a trabalhar!
- O pai?
- O pai está a trabalhar!
- A mana?
- A mana está na escola!
- A Kiki?
- A Kiki está aqui!
- A mãe?
- A mãe está a trabalhar!
- O pai?
- O pai está a trabalhar!
- A mana?
- A mana está na escola!
- A Kiki?
- A Kiki está aqui!


Horas! Horas nisto! É impressionante como eles têm sempre assunto!

03/01/2018

É um enorme alívio!

Estou feliz!

2018 está a ser O ano!

Não fiquei doente. Não apanhei nenhuma multa. O carro não avariou. Não apanhei nenhuma desilusão. Não gritei com os meus filhos. Não apanhei trânsito. Bebi vinho. Recebi presentes. Comi doces. Não engordei.

Sim senhora!!! Melhor ano dos últimos tempos. Adorei!!!! Venha 2019!!!