28/08/2013

Quem me manda a mim ter uma filha finória!

Ando em embrulhadas por causa do subsídio de desemprego... Já passei várias manhãs e tardes no Centro de Emprego, na Segurança Social e na Junta de Freguesia. Cada um dá-me uma versão diferente da coisa e manda-me fazer uma coisa diferente, desmentindo sempre o incompetente com quem falei antes... Uma maravilha!

E estava eu a fazer o meu papel de aflita na Segurança Social esta manhã, quando a minha rica filha resolve se exibir à frente da senhora que me atendia...

- Mãe, amanhã podemos ir de comboio a Paris?


Pois tá claro que sim, deixa só a senhora dar o cheque do subsídio à mãe! Tal como fizémos na semana passada e há 15 dias! Ai não! Há 15 dias fomos de avião lanchar a Nova Iorque!!!


Educar um rapaz e uma rapariga...

Não é de todo a mesma coisa! 
A base é a mesma. Acho que todos queremos filhos honestos, educados, activos, bem-dispostos, generosos, trabalhadores, altruístas, resilientes, com sentido de humor...

As meninas, educamos para serem princesas. Para serem delicadas, educadas. E persistentes e corajosas também. De preferência que sejam um mulherão! Como a minha Avó Maria dizia: Minha querida, uma mulher tem de ser uma mãe extremosa, uma dona-de-casa dedicada e uma puta na cama. Claro que não vou ensinar isto à minha filha! Mas gostava que ela fosse uma mulher tão delicada e feminina quanto guerreira e capaz de enfrentar o Mundo e as pessoas caso venha a ter necessidade.

Já com ele, é completamente diferente! Com dois anos, ele já segura na porta e já nos deixa passar à frente (a mim e à irmã). Porquê? Porque eu o ensinei a fazê-lo e expliquei-lhe que os homens deixam sempre passar as senhoras primeiro e que seguram na porta para nós entrarmos. Sempre ouvi dizer que uma óptima forma de ver como um homem nos vai tratar, é observando a forma como ele trata a mãe dele. Pois é meninas nascidas a partir de 2010, aqui vão encontrar um cavaleiro encantado! Se há coisa que eu não permito (porque todas as mães são mais permissivas numas coisas do que noutras) é que ele me responda mal ou me falte ao respeito. Precisamente porque não quero que ele, no futuro, trate assim as mulheres. E por isso, a minha têndência (talvez por ser mulher) é dar-lhe as bases para ele se fazer à vida, para se levantar sem chorar (muito) quando cai, para voltar sempre a tentar quando não consegue, para se rir dele próprio, para ajudar a irmã e para respeitar a mãe. 

De uma coisa não nos podemos esquecer! Eles aprendem muito mais com o que lhes mostramos, do que com o que lhes dizemos. Se lhes dissermos que não se atiram papéis para o chão, não podemos deitar a beata do cigarro a seguir...  

Não sei no que isto vai resultar. Provavelmente, vem lá uma adolescência e fica metade pelo caminho. Mas depois não me acusem de não ter tentado! :)




A isto se chama desespero.......




Um tipo, farto de procurar emprego e de receber respostas (tem sorte! Ao menos recebe respostas!) a dizer que não há vagas, vai ao enterro de um tipo e manda para a empresa dele o seu CV dizendo que não adianta que lhe digam que não há vaga, pois ele manda em anexo o CV e a certidão de óbito do outro. 

hahahahha Pelo menos é criativo e esforçado. Só isso já valia um emprego!

23/08/2013

Lidl - Um conceito perdido ou melhorado?

Lembro-me da loucura que foi quando o Lidl abriu! Um supermercado muito barato quando as pessoas ainda tinham vergonha de comprar barato e quando o Continente ainda não usava os cartões para saber a cor das nossas cuecas ou quantas vezes comemos fiambre por semana. O facto de ser uma marca estrangeira com produtos estrangeiros, era uma óptima desculpa para lá ir comprar folhados de salmão congelados e bolachas ao preço da uva mijona.
De repente comaçaram a vender coca-cola e cerelac. Depois começaram a ter fruta e legumes frescos, ainda que de muito má escolha. Mas os preços de alguns produtos continuavam a merecer uma visita ainda que tivéssemos de comprar metade das coisas que precisávamos noutro supermercado. Depois vieram mais marcas ao gosto do freguês, que eu cá para mim nós somos tão tradicionais que eles não tiveram outro remédio senão ir trazendo marcas para continuarmos a lá ir. Veio o pão e até o pão quente! Maravilhoso, diga-se de passagem... 
Por norma sou fiel ao Continente e já não ia ao Lidl há um tempo. Hoje, por perguiça, lá fui eu outra vez. Pois tinha todo um expositor em vidro moderníssimo com uma escolha infinita de pão (quente), folhados salgados e doces, pastéis de nata, donuts... E de repente, em vez de numa mercearia alemã, estava numa boulangerie em Paris. Deparei-me com fruta e legumes com óptima cara, carne e peixe frescos e uma loja arranjada, arrumada e limpa. Com boa cara até! A avaliar pelo número de senhores com ar de importantes que para lá andavam, deviam estar a inaugurar o conceito hoje naquela loja. E se antigamente só podíamos pagar com dinheiro, hoje em dia, até visa se pode usar. Daqui a nada, espetam-nos com cartões de pontos e descontos, começam a saber também quantas vezes comemos fiambre por semana (já provaram o presunto floresta negra no Lidl????? De cair para o lado!) e prontus! Passam a uma marca lowcost alemã lusofilizada. Quase como a Troika! Só não entendo se isto foi a evolução de um conceito ou a adaptação forçada a um povo casmurro e preconceituoso como o nosso! Tradicional era o que eu queria dizer!...

Então e o que vai ao lanche?



- Gigi, o que quer para o lanche? Iogurte líquido?
- Hum...
- Ou leite com chocolate?
- Hum....
- Então?
- Estou a pensar mãe...
- Já percebi!
- Mãe, o que eu quero mesmo, é fazer cocó e xixi!

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Esta casa é um Ministério dos Negócios Estrangeiros

E volta e meia, temos de andar em negociações e acções de charme com os Senhores Embaixadores.

- Mãe, acho que devíamos ter outro filho!!! (diz ela furiosa...)
- Outro filho???
- Sim! Até podia ser um rapaz que eu não me importava.
- E o Vicente?
- O Vicente ia viver para casa de outra senhora.
- Hum... Eu acho que a Gigi ia estar a morrer de saudades passados 5 minutos!
- Pois ia! Mas não tem mal...

Há alturas em que isto e a faixa de Gaza são praticamente a mesma coisa! Obviamente o Vicente é o Israelita!

22/08/2013

Uma lufada de ar fresco!



Porque o post de ontem foi pesado, eu sei... Mas quero que saibam que estou bem! Mesmo bem! O pior já passou e juro que me agarrei às pequenas coisas que me fazem feliz e é assim que agora olho para trás e nem acredito que passaram tantos meses. Obrigada pelas mensagens e pelo apoio! E agora bora lá levantar o astral deste blog que de repente ficou muito pesado! Mas a vida é mesmo assim. Se fosse tudo cor-de-rosa, onde estaria a graça! ;)


21/08/2013

Um dia disse aos meus filhos: Os pais já não são namorados!

Primeiro não me apeteceu escrever sobre este assunto simplesmente porque não... Depois pensei que não era justo visto que algumas das características deste meu pequeno grande depósito de escrevinhações sempre foram a transparência, a espontaneidade e a sinceridade... E agora que o tema foi efectivamente lançado penso até que pode ser uma ajuda para tantas pessoas que estão a passar pelo mesmo. Infelizmente são cada vez mais...
Acho que passados uns largos meses sobre a coisa, consigo até olhar para trás com mais clareza e fazer uma melhor avaliação do que tem acontecido até aqui.
De repente uma família quebra. Quebra um sonho construído supostamente a dois, depois a três e depois a quatro. Quebra um projecto de uma vida, que tinha sido tão planeado e tão desejado ao longo de toda a minha existência. Fica a sensação de fracasso, o vazio, a frustração, a tristeza, por vezes a raiva... As motivações que levam uma família a quebrar com o que estava planeado e tão seguramente traçado são várias. Umas por um motivo, outras por outro. Mas em todas as situações, é impossível não ficar a sensação de derrota e o vazio.
E de repente ficamos com um turbilhão de coisas a passar-nos pela cabeça, mas ficamos também com os "restos" de um casamento nas mãos. Os filhos! E esses foram sempre a minha prioridade! Foram poucas ou nenhumas as vezes que eles me viram chorar mesmo quando punha os óculos escuros no carro ou no parque porque não conseguia conter todas as emoções que me passavam pela cabeça, pela alma, pelo coração... Se poucas forças havia, essas eram utilizadas para mostrar sempre o meu maior sorriso e a minha melhor disposição sempre que estava com os meus filhos ou com outras pessoas. E só quando eles iam para a cama e a casa ficava vazia com o meu corpo vazio e amarfanhado depositado no sofá, é que eu limpava a alma e deitava para fora tudo o que tinha guardado ao longo do dia. Fazia-me bem. Carpir a dor que sentia e largar o turbilhão de sentimentos que iam aqui dentro. Chorei noites a fio e, tal como uma alcoólica, comecei, devagar a erguer-me e a contar as noites sem lágrimas. "Já não choro há 2 noites! Já não choro há 5 noites! Já não choro há 16 noites!" E assim foi até me esquecer de contar e até conseguir de novo voltar a mim. 
O mais difícil foi dar colo a filhos sem mostrar que quem precisava de colo era eu. Explicar-lhes o que se estava a passar e ver a cara deles (dela principalmente) foi talvez a coisa mais difícil que fiz em toda a minha vida. Dizer as coisas devagarinho e as vezes que fossem precisas: os pais já não são namorados! Agora são apenas amigos! Os amigos não vivem na mesma casa, mas visitam-se sempre que têm vontade. Explicar-lhes infinitas vezes que os pais os adoram acima de tudo e para sempre, independentemente de viverem ou não na mesma casa. Que isso é a única coisa que não irá mudar nunca! E ver um coração de 4 anos a fazer perguntas, a chorar, a querer o pai quando o pai não estava, a mãe quando a mãe não estava. A pedir para os pais voltarem a dormir na mesma cama... Não é fácil... Não é mesmo nada fácil... Ver os filhos a sofrer por causa de erros dos pais é mesmo a pior coisa do mundo. E o que eu mais queria era que eles nos perdoassem por estarmos a fazê-los passar por aquilo e poder passar aquela dor para mim.
Sempre fizemos questão de não discutir na frente deles. NUNCA! Sempre fizemos questão de lhes mostrar que a culpa não era deles. Não é preciso verbalizar isso. Apenas passar-lhes essa energia. A conselho da psicóloga, o pai vinha buscá-los todos os dias para os levar ao colégio. E isso ajudou! A que eles vissem o pai todos os dias e a manter o pai na rotina diária deles. Já não é o pai que os vai por na cama depois do jantar, mas é o pai que faz questão de os vir buscar de manhã e de estar com eles todos os dias e isso foi importante! 
Também decidimos que o pai estar com os filhos de 15 em 15 dias era de menos. E por isso partilhamos todos os fins-de-semana. 
Evitei sempre ter conversas sobre o assunto à frente deles e nunca permiti que ninguém criticasse o pai deles à frente deles. Nunca! Independentemente de tudo, pai é pai e este é o dos meus filhos. 
Aos poucos eles entraram na nova rotina. Aos poucos entenderam que esta era a nova realidade. Aos poucos foram ganhando de novo confiança e perceberam que os pais, que agora são só amigos, vão ser sempre os seus pais e eles continuam a ser os nossos filhos para sempre e incondicionalmente. E aos poucos voltaram os sorrisos e as gargalhadas. 
E a verdade é que sim! A vida volta a sorrir! E se virmos bem, ela nunca deixa de o fazer. Só temos que saber olhar para o lado. E quando achamos que o mundo vai acabar, há sempre, sempre (prometo!) alguma coisa no meio da escuridão que nos pode fazer sorrir! Um abraço de um amigo, o sorriso dos filhos, um qualquer sinal que a Natureza ou o destino nos envia. E foi assim que consegui voltar a olhar para a vida, a apanhar, no meio da confusão, as pequenas coisas que me iam sorrindo. E aconteceram tantas coisas tão boas ao longo destes últimos meses que, apesar de tudo, só posso ser grata. E é essa a mensagem que deixo... Quando pensarem que tudo está mal, limpem as lágrimas e olhem para o lado! Há de certeza alguma coisa que vos vai fazer sorrir, só temos que dar por ela, porque com os olhos cheios de lágrimas, às vezes a visão fica turva. 

Como é grande o meu amor por você...




Quando olho para eles, assim, cheirosos e penteados depois do banho, ou cheios de lama e de gargalhadas do dia que passou, de um dia em que foram felizes e me deixaram cansada mas feliz e realizo que sou tão abençoada e que Deus me deu os maiores presentes que a vida me podia ter dado. E penso que não há qualquer tipo de adversidade ou pedregulho no meu caminho que me tire esta alegria. A de olhar para os meus grandes amores, de os ver tão perfeitos, tão felizes, tão completos, tão meus... E o meu peito explode de amor e apetece-me mergulhar no cheiro deles e ficar assim para sempre!


19/08/2013

Esta estranha (nova) forma de vida!

Férias sem filhos parece-me uma coisa moderna demais... Ou melhor, sempre fui apologista de que o casal passasse férias sem filhos, mas não em Agosto que são a únicas férias que as crianças têm para passar com os pais. Mas a realidade agora é outra e eu não tive outro remédio senão passar uma semana sem os meus.
Passei por um penoso processo em que o excitamento de marcar férias com amigas outra vez,  encontrar casa e programar a viagem se misturava com um nó do tamanho do mundo na minha garganta por deixar os meus filhos com o pai durante uma semana pela primeira vez (para o ano serão duas...).
Não sei se preparei mais a minha viagem fora, ou a estadia deles com o pai.
Na check list de afazeres antes de partir, os itens referentes aos filhos ultrapassavam largamente os itens referentes às minhas coisas. Preparei as roupas deles, as recomendações de remédios, contactos de urgência, blá blá blá... Deixei vários post'it em forma de estrela para colarem no espelho da casa-de-banho com a contagem decrescente dos dias. Cada estrela dizia quantos dias faltavam para eu voltar e tinha uma frase. E por fim lá preparei a minha mala, o meu saco de praia e as coisas que precisava.
É uma sensação estranha esta de voltar a viajar com amigas como se fosse uma adolescente, mas sem o ser. Um misto de gargalhadas e liberdade com preocupação, ansiedade e saudades. Se por um lado não queria largar os meus filhos, por outro, precisava desesperadamente de descansar, espairecer, relaxar e descansar. Nem tudo pode ser mau. E as mães separadas têm uma grande vantagem sobre as mães casadas: poderem ter tempo para elas. O que é extremamente injusto. Porque se tivéssemos ambos tempo para cada um antes das coisas acabarem, provavelmente, muitos casamentos sobreviveriam mais tempo. 
Mas a realidade é esta e é com ela que temos de viver. Lá fomos nós rumo ao sul e ao sol. Alugámos uma casa na Costa Vicentina e fomos com o carro atulhado de malas, sacos de praia, gargalhadas e música aos gritos. Que maravilhosa sensação de liberdade! Eu era a única das 4 que tinha filhos. Quem não tem filhos não entende, não vale a pena... ;) E claro que fui gozada por enviar 5 mensagens por dia a perguntar como estavam as coisas, por ir ao céu de cada vez que ele me mandava uma fotografia deles na praia ou a andar de bicicleta ou a jantar ou a tomar banho. E, parecendo que não, ajudou-me tanto! Vê-los a divertirem-se a a rir. Saber que eles estavam bem, apesar das saudades foi um descanso. 
Por isso, tive tempo para dormir na praia, rir, conversar, apanhar sol, comer... Tudo sem horários! Sem a preocupação do sol, do frio, do calor. Faz toda a diferença! Voltei cheia de forças, cheia de entusiasmo e cheia de beijos para eles! E ser recebida pelos 4 braços abertos a apertarem-me o pescoço com aquele cheirinho bom que só eu sei... E ver que eles estiveram tão bem e tão felizes com o pai... É um renovar de forças! E agora aproveitar estas duas últimas semanas de férias com eles com muito mimo!




11/08/2013

É tanta misturada que nem sei o que responder...

- Mãe, se tocarmos no puré laranja ficamos pretos, não é? Mas depois do Natal nascemos outra vez, não é?
- Hum???... Qual puré querida? (que é como quem diz, vamos por partes!)
- Aquele puré cor-de-laranja! O que está no centro da Terra!
- Ah... Lava! Esse puré chama-se lava!
- Se tocarmos na lava ficamos pretos?
- Sim! Tendo em conta que é tão quente, tão quente, que ficamos esturricados...
- Mas não tem mal porque depois do Natal nascemos outra vez, não é?
- Porquê no Natal?
- Porque é quando o Jesus nasce...
- Querida, o Jesus nasce no Natal mas só ressuscita na Páscoa. E não! Se tocássemos na lava e ficássemos esturricados, não voltávamos a nascer. Só o Jesus é que ressuscita querida, nós não...

E fiquei a torcer para ela não desenvolver mais o assunto! Ou teria de lhe dizer que, quando morremos, não voltamos mais e isso é um assunto que nem eu própria gosto de abordar...
Mas que cabeça pensadora é esta???



09/08/2013

A diferença que faz 1h30!

O Vicente é um despertador! Às 7h em ponto está de pé. Bem melhor do que quando acordava às 5h30 da manhã, é certo. (Tempos que quero esquecer...) Mas a verdade é que estamos de férias... E eu gostava de acordar só um bocadinho mais tarde.
Sou muito rígida com a hora de irem para a cama. 21h! Mas em férias, desligo... Sendo que as 22h são o limite! Já tentei deitá-lo mais tarde... Ontem por exemplo, tivémos de andar na rua e não dormiu a sesta. Mesmo assim, às 7h apareceu-me no quarto. Tinha as persianas mais fechadas do que é costume e consegui convencê-lo que era muito cedo. Fui buscar leite e ele bebeu o biberon na minha cama... E pimbas! Adormeceu outra vez!!! E em vez de me levantar às 7h completamente zombie, levantei-me às 8h30 fresca que nem uma alface! Yey!


08/08/2013

Faleci de amor!

A melhor parte de ter tirado a grade da cama de grades do Vicente, é que quando o vou deitar, já não tenho de mergulhar lá dentro para lhe dar um beijinho de boa-noite. Agora, tal como a irmã, já tem direito a um abracinho bom deitado na cama.
Ele agarrou-se ao meu pescoço com toda a força, deu-me muitos beijinhos e no fim remata...
- A mãe é tão amiga...

Sabes que não és uma pessoa assim enoooooooooorme quando...

A tua filha de 5 anos (quaaaase!) se vira para ti e diz...

- Mãe, eu não quero crescer muito...
- Porquê querida? (Pergunto eu à espera de uma resposta mega romântica do tipo: quero ser criança para sempre!)
- Porque quero ficar só com o tamanho da mãe!

Reflexões de sofá!

Nutro sentimentos estranhos em relação à Xana Toc-Toc...
Quase que apostava que ela e a mãe do Ruca podiam ser melhores amigas! 

07/08/2013

Mas onde é que enfiaram as senhoras da Caritas e da Cruz Vermelha???


Uma das recordações que tenho de miúda é de contribuir para a Cáritas e para a Cruz Vermelha. Fosse com a minha avó ou com a minha mãe. Lembro-me daquelas senhoras tão simpáticas e com bom ar a trazer a latinha pendurada ao pescoço com o orgulho com que se enverga um colar de esmeraldas. (Quase, vá...) E o típico autocolante de lapela que eu adorava pôr.
Hoje em dia, tropeça-se em peditórios em todas as esquinas. Têm uma atitude invasiva e antipática. Somos quase esfaqueados se não contribuirmos... 
"O país está na merda e tu não dás nada a quem precisa???"
Olha... Também eu preciso. E precisava de ganhar um ordenado a mais para poder contribuir de cada 10 vezes diárias que me pedem... Além do mais, antigamente, eu tinha a certeza que o dinheiro que dávamos, chegava ao seu destino... Hoje em dia... As instituições são tantas que nós nem sabemos se existem! Para o Cancro por exemplo, era só o IPO, agora são milhões. E para crianças com deficiência? Não têm fim! Melhor ainda é que não podemos contribuir com o que pudermos! Há donativos pré-estipulados. No outro dia quis dar 0,50€ a uma senhora que pedia para qualquer coisa do Cancro. 
"Ah... Não pode ser... A senhora tem de contribuir com 4€!"
Como??? Oitocentos paus??? Isso era quase o dobro da minha semanada!... E o dinheiro vai para onde? Metade é comissão para a pessoa que está a fazer o peditório. O resto... Sabe-se lá... Não era preferível receberem 0,50€ de várias pessoas do que terem várias como eu a recusar dar 4€?
Não sei... Digo eu...

01/08/2013

Os 5 anos!

Adoro a fase dos 4 e 5 anos nas meninas. Princesas pirosas, donas do seu nariz. Espertalhonas e tão autónomas para umas coisas, mas com um tamanhico ainda tão bom para ter no colo.
A minha é sem dúvida uma miúda desenrascada. Já acha que me dá baile e a verdade, é que às vezes, dá mesmo. Camela! Mas adoro os bitates dela. Divertem-me. E até já aconteceu ser ela a encontrar a solução para alguma situação.

Andamos em arrumações cá em casa e fui com eles ao Ikea comprar umas coisas. Parei no restaurante para almoçar com eles. A fila dava a volta ao quarteirão...
- Ai meninos... Vamos antes ao outro! Está imensa gente aqui...
- Ó mãe, tive uma ideia ma-ra-vi-lho-sa! (Sim... ela fez o tom!)
- Qual?
- Em vez de irmos almoçar, vamos ali brincar no escorrega que não tem ninguém!
- Essa ideia é espectacular!!! Mas quando nos sentarmos no escorrega, comemos o quê?
- Eu acho que nós não temos assim muita fome...

Butes fazer as pazes?

Esta é só para captar a vossa atenção! E porque é Verão também...
E só porque me apetece dar satisfações, e porque quase todas até merecem, estive a acabar um ano lectivo, a fazer avaliações, a despedir-me dos meus alunos, dos pais deles e das minhas queridas colegas, a tratar da minha saúde e a fazer planos para a vida!
Se tive saudades vossas? Muitas! Mas estava a precisar de me dedicar a 100% ao resto.

E agora em férias, mais calma, com mais tempo e mais tranquila, bora lá escrever outra vez!

Olá!