13/08/2012

Quando as crianças invadem o espaço dos adultos.

Os nossos filhos são as melhores coisinhas do mundo! São o nosso amor mais forte, o ar que respiramos, o sol dos nossos dias, os nossos torrõezinhos de açúcar.
Mas às vezes, os adultos precisam de espaço. Precisam de estar entre iguais, de comer uma refeição entre risos e conversas e não entre babetes, colheradas, água entornada na toalha e arroz no chão.
Às vezes precisamos de falar de vestidos e sapatos, de política e de férias, de culinária e de sexo e não de maminhas gretadas, cólicas e diarreias, papas e primeiros passinhos. É que não há saco! E além de não haver saco, nós somos mais do que mães e pais, mesmo que o facto de sermos mães e pais nos preencha 80% dos nossos dias e 90% dos nossos pensamentos.
Não só nos faz bem estarmos sozinhos com os nossos maridos, como nos faz bem estarmos com os amigos. Os mesmos com quem tanto partilhámos antes de todos sermos pais e mães.
Precisamos dar a mão ao marido e trocar um olhar cúmplice e caliente em vez de lhe pedir para nos passar o pacote dos toalhetes ou para ir lavar a chupeta à casa-de-banho!
No que se trata de programas com crianças, adoro ir ao parque, fazer uma almoçarada, um pic-nic ou ao  Jardim Zoológico com amigos e filhos, tudo em manada. Mas jantar fora, casamentos ou festas de anos (de adultos), dispenso os meus filhos de bom grado! E nas minhas festas de anos, dispenso também os filhos dos outros! Claro que um bebé pequenino que ainda mama, é excepção! Mas não dispenso apenas por mim, mas também pelos meus amigos. Tenho a certeza que eles também preferem ir sem crianças. Quem não gosta de estar uns momentos a descansar e a descontrair.
Aos casamentos então, prefiro nem ir a ter que ir com eles! É mau para eles que às tantas ficam cansados e é mau para nós que não conseguimos estar com as pessoas nem nos divertirmos.
Eu faço tudo com os meus filhos! Tudo! Até xixi eu faço com eles às costas. Vou ao supremercado, aos correios, aspiro a casa, faço o jantar... No meio de tudo isto, tento guardar tempo de qualidade a brincar a ir ao parque, à praia, a ler livros ou a ver televisão. Tenho a certeza que dou o meu melhor e que eles estão bem saciados de amor de mãe. Mas se pudesse, ia jantar fora uma vez por semana sem eles! O facto de querer passar umas horas sem eles de vez em quando, não significa que gostemos menos deles ou sejamos maus pais. Aliás, estarmos de bem com a vida, de bem connosco próprios e com os nossos maridos, descansados e relaxados, faz de nós muito melhores pais. 
Não nos culpabilizemos, nem exijamos demais de nós! Daqui a uns anos, são eles que querem estar sem nós e não podemos correr o risco de não saber estar sem eles!

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24 comentários:

Blog da Maggie disse...

ai kiki concordo em absoluto e faria o mesmo se tivesse com quem deixar as miudas.
Nunca me culpabilizei nem me acho menos Mãe mas não é por isso que ando sempre com elas atrás, só não tenho com quem as deixar de vez em qdo ...

Maggie

Mum's the boss disse...

Clap clap clap!! Eu não diria melhor!!

Teresa Costa disse...

Eu concordo na íntegra com a Maggie do comentário acima. O meu filho tem quase 4 anos e eu desde que ele nasceu NUNCA tive com quem o deixar e só não estive com ele quando estive hospitalizada. Tenho que o levar para todo o lado, queira ou não. Entretanto nasceu a minha filha e agora vejo-me a braços com os dois, ou pelo menos com um. Mas confesso, estou saturada. Leia-se que eu deixei de trabalhar antes do meu filho nascer. Estou farta de não ter um bocadinho para mim, de não poder programar a minha própria agenda. Dependo da disponibilidade e muito da boa vontade do meu marido. Quem me dera ter com quem os deixar para ir jantar fora, para ir ao cinema (faz daqui a duas semanas 4 anos desde a última vez que fui), para ir fazer umas compras. Mas não tenho, moram todos a muitos kms de distância e nas poucas ocasiões em que estamos com familiares os meus filhos não conhecem ninguém, para eles são estranhos completos. É complicado, muito complicado ....

Teresa Costa disse...

Eu concordo na íntegra com a Maggie do comentário acima. O meu filho tem quase 4 anos e eu desde que ele nasceu NUNCA tive com quem o deixar e só não estive com ele quando estive hospitalizada. Tenho que o levar para todo o lado, queira ou não. Entretanto nasceu a minha filha e agora vejo-me a braços com os dois, ou pelo menos com um. Mas confesso, estou saturada. Leia-se que eu deixei de trabalhar antes do meu filho nascer. Estou farta de não ter um bocadinho para mim, de não poder programar a minha própria agenda. Dependo da disponibilidade e muito da boa vontade do meu marido. Quem me dera ter com quem os deixar para ir jantar fora, para ir ao cinema (faz daqui a duas semanas 4 anos desde a última vez que fui), para ir fazer umas compras. Mas não tenho, moram todos a muitos kms de distância e nas poucas ocasiões em que estamos com familiares os meus filhos não conhecem ninguém, para eles são estranhos completos. É complicado, muito complicado ....

Kiki - Família de 3 e 1/2 disse...

Sim Teresa! Compreendo bem! Eu também tenho a família toda longe. Só os meus pais estão por aqui e são muito novos e activos. É raro conseguir conciliar a agenda deles com a minha para poderem ficar com os meus filhos. Sei o que é viver "escrava" da família... E chamar uma babysitter também não é fácil...

Cláudia disse...

Olá Kiki eu concordo plenamente (necessitamos daqueles momentos XXX), aliás a minha baixinha muitas vezes pede para ficar em casa dos meus pais, eu deixo muitas vezes, outras faço finca pé, senão qualquer dia é ela que decide de vai pra casa ou não. Sempre que preciso de sair fico descansada, pois graças a deus tenho com quem a deixar ficar.
Bjinho continua és fantástica ;)

Maria disse...

Concordo com cada palavra escrita!
:D
Beijinhos!

Mafaldix disse...

É tão verdade e tão importante quando conseguimos esse tempo para nós (casal) e para estar com amigos!!! Bjs

Blog da Maggie disse...

chamar assim uma babysitter de um anuncio qualquer está fora de questão, só se eu conhecesse, não sou mãe galinha mas sou responsável!

Bjos
Maggie

Full-time Mom disse...

Concordo com algumas coisas, concordo que às vezes é bom estar entre amigos ou só com o marido sem ter que tomar conta dos Minúsculos.
Agora não os levar a festas ou restaurantes por regra e por receio que não se comportem e incomodem outros, isso não! Se as crianças não passarem por essas experiências como é que vão aprender a comportar-se nesses locais como deve ser? Eu gosto de os levar para esses sítios, só se for a desoras é que não levo. E claro, gosto de ser eu a decidir se eles vão connosco ou não, porque quanto a perturbar os outros tento evitar ao máximo que aconteça, agora perturbarem-me a mim deixem-me cá, que eu cá me aguento com a minha opção! (Aliás, já conhecias esta minha opinião.)
Beijos ;)

Sónia disse...

Concordo contigo!!!
Eu normalmente levo os meus aos casamentos todos onde vou e divirto-me sempre muito porque tem muitas crianças e eles ficam entretidos, e como normalmente são perto de casa os avós já sabem que se eles ficarem chatos vão ter de os aturar lol

Mas bem que é preciso tempo para sermos apenas nós e não mães!E fazem bem a todos esses momentos de escape :)

Marta disse...

Subscrevo!

Bi disse...

Eu concordo! Embora também goste de levar a Carlota connsoco, mas a almoçar fora! Agora festas, casamentos e afins... ou sózinhos ou nem vale a pena! Não aproveita ninguém! Então eu, fico mesmo sedenta de uma conversinha de adultos. Passo semanas a fio sózinha com a bebé, se não for assim, dou em maluca ou começo a falar ao estilo "gugu dada"!! :))

Polly disse...

Pelo menos uma vez por no mês tento sair a sós com o meu marido e pontualmente tento ter programas com as minhas amigas. Mas, ainda estou a aprender a gerir a culpa que fica depois...

30anoseumblogue disse...

É por estar inteiramente de acordo contigo que "je" e "mon chéri" combinamos um sushi para quarta-feira! Completamente "alone" :)
Acho que vou partilhar este post. É mais um onde tu escreves aquilo que eu um dia gostava de ter escrito. Inteiramente subscrito! kiss

Melancia disse...

Pois não poderia ser mais verdade... no inicio cutsa muito e passamos metade do jantar a 2 a falar da cria, mas com o tempo vamos aprendedndo a desligar! faz bem ao pai e à mãe serem a a Ana e o Pedro de vez em quando e o rapazinho agradece a estadia com os avós!
A tua última frase é do mais certeiro que anda aí!!!

Só Sedas disse...

Eu como não mãe aprovo isso tudo Kiki!

Ana Lemos disse...

Minha querida Kiki, nao podia estar mais de acordo, alias comentei um texto tão parecido num blog que falava de casamentos com filhos e dei o meu parecer, que é tão igual...lol

ps - só ainda não fiz xixi com um às costas, mas por ti...prometo experimentar e depois contar...ahahahaha

Beijinho grande, e onde fui entregar uma chava a um primo ao guincho e morri de inveja do diazão...esta semana se continuar assim, prometo ir lá dar um mergulho e ligo-te

Kiki - Família de 3 e 1/2 disse...

Aninhas, foi depois de ler o post da Full Time Mum que escrevi o post! :)
Também deixei lá uma resposta depois de ti! :))

Beijoooo! Fico à espera da visita!

Ana disse...

Muito bem escrito, concordo em pleno :)

30anoseumblogue disse...

Kiki, mais tarde ou mais cedo eu ia citar (no meu trintinha). Hoje foi o dia! É que este post e em particular o último parágrafo... fazem pensar!! Obrigada por escreveres tão bem :)
bjs

Pam disse...

Ámen!

Mamã Petra disse...

Cheguei agora aqui e concordo com tudinho, eu sou uma felizarda que alem de ter sogra e cunhada pertinho, devido ás diferenças de idades, até os manos ás vezes ficam com o mais novo.

Beijinhos, gostei do teu cantinho vou seguir.

Teresa disse...

Totalmente verdade! Não sou mãe mas concordo plenamente.

Muitos parabéns pelo blog :)