04/10/2018

São 40 - 3

Normalmente adoro fazer anos. Normalmente não conto sequer os anos a passar. Não me importo de ganhar anos porque gosto de os viver.

Este ano estou com ganas de passar aos 37. Preciso de fechar os 36. Foram 12 meses duros, cheios, alucinantes. Passaram a voar mas custaram muito a passar.

Foi um ano de descontrolo emocional com altos demasiado altos e baixos demasiado (muito) baixos.

Foi um ano que não queria repetir apesar de ter trazido tantas coisas boas. Tenho a sensação que as coisas boas (óptimas) não compensaram as más. É injusto pensar assim. É injusto porque as oportunidades que a vida nos dá, nem sempre merecem ser manchadas com as agruras que por vezes passamos. Mas às vezes é mesmo assim. Nem sempre conseguimos ver só as coisas positivas. Por vezes temos de nos obrigar a fazê-lo! E termos a capacidade de nos obrigarmos a ver coisas positivas é um sinal de que ainda temos algum discernimento.

Gosto de saber que estou cada vez mais perto dos 40. Principalmente por me sentir ainda com 25.




Não espero muito da idade. Espero muito mais da vida! E mesmo assim, espero apenas o essencial. As pequenas coisas, aquelas que nos fazem sorrir. Sorrir, andar, respirar, olhar para a frente.

No outro dia uma amiga perguntava-me...

- E esse coração? Como anda?

Demorei a responder. Eu própria não me fazia essa pergunta há algum tempo. Ando sem tempo para análises. Ou a ocupar o tempo para fugir delas...

- Está em fase de acabamentos! O essencial das obras está feito! Acho que ando só a escolher a cor das cortinas e o papel de parede.

Ainda bem que ela perguntou! Assim pude perceber que está muito melhor do que me lembrava da última vez que olhei para ele.

Venham lá esses 37. Pode ser sem grandes emoções. As pequenas coisas da vida, tranquilas e seguras são suficientes. Se houver surpresas, que sejam das boas.


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