11/10/2018

Vais amar-te e respeitar-te: O que é que eu lhe respondo?

Hoje é dia de iniciar mais uma crónica com questões enviadas por vocês.

O título da crónica é retirado do título do meu livro, precisamente porque aborda o assunto do Divórcio. Vais amar-te e respeitar-te.

Depois do divórcio é normal que surjam novas relações. Muito possivelmente já não estavas habituada a este tipo de conversa e ao princípio vais estranhar. É um misto de borboletas no estômago com a ansiedade de dizer a coisa certa na hora certa. No fundo o que procuras é agradar. E está certo! É bom agradarmos a outra pessoa. Mas até que ponto devemos pensar as coisas que queremos que agradem? É suposto criar ansiedade?

“O que é que lhe respondo?”
Perguntou-me ela depois de me mostrar uma mensagem que recebeu dele.

Eu, que sempre fui uma pessoa impulsiva e com o coração na boca, que nunca deixei nada por dizer, percebi logo que ali não havia nada para dizer.

Com o tempo, com a maturidade, com a experiência, vamos percebendo que é importante definirmos na nossa cabeça que tipo de relação queremos para nós. Vamos ganhando segurança. Mais importante que isso, vamos ganhando segurança nas nossas escolhas. Depois disso já não pensamos no que responder, respondemos o que nos apetece. Independentemente de agradar ao outro lado ou não. Se agradar, melhor! Se não agradar, azar! É porque não era para perder tempo ali.

Nós somos demasiado complicadas. Tentamos interpretar todas as palavras que eles escrevem, inclusive a pontuação. Achamos que eles são como nós e que cada uma daquelas palavras e daquelas vírgulas foram pensadas ao detalhe para nos passar determinada mensagem. A regra é: ler o que lá está! Eles não vão muito mais para além disso!!! Não é por serem menores, é porque descomplicam. Não perdem tempo!

Também é importante tirarmos as expectativas da nossa cabeça. São elas que nos lixam os planos. Achamos que eles vão reagir de determinada forma a determinados sinais. Fantasiamos coisas que muitas vezes não existem. Esperamos demasiado. É uma pena! Em vez de aproveitarmos o momento e saborearmos o bom que é essa fase de “interpretar as mensagens”, andamos com a tensão alta preocupadas em agradar, em dar a resposta certa, em ser tudo menos naturais e espontâneas. Se o objectivo é que eles gostem de nós, temos de ser o mais fiéis a nós próprias para não passarmos mensagens erradas.

Quando ele vos mandar uma mensagem, não pensem! Respondam! O que vos apetecer e o que sentirem. Se ele não corresponder, não vale a pena continuar a prolongar algo que não vai resultar. Se calhar estão a concentrar tanta atenção numa coisa que acabam por perder outra que está a passar ao lado!

E depois? Depois deixa andar! O que tiver de ser será!

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