05/09/2009

Há 12 meses foi assim...



Há 12 meses atrás por esta hora eu já estava internada. Inacreditavelmente, estava calma e serena. Não sabia muito bem o que me ia acontecer. O facto do CTG de horas antes ter acusado contracções de 105/106, não tinha dores. Apenas uma moínha no fundo da barriga.
Depois de ter passado o último mês de gravidez em repouso absoluto por causa das contracções, o médico deu-me autorização para andar a partir do dia 1 de Setembro. Ela tinha finalmente atingido um peso considerado seguro para nascer. Fiz kms com a minha mãe todos os dias e para além de um enorme cansaço, não sentia mais nada de especial. A rapariga tinha estado cheia de pressa e quando teve autorização para nascer, resolveu ser do contra!

Na 6ª feira, dia 5 de Setembro fui fazer o CTG pelas 10h. Algumas contracções esporádicas, nada de mais... "Vá andar e ligue-me ao fim do dia para dizer como se sente!" disse o Dr.

A minha mãe e eu parámos em Algés para almoçar num restaurante italiano pequenino e cheio de charme. Na mesa da frente estava o Joaquim de Almeida a almoçar com um grupo de amigos. Da parte da tarde estava a choviscar, por isso fomos dar 10 voltas ao Cascaishopping e depois ao Jardim do Casino. Ainda apanhámos uma molha e tivémos de ir a correr para o carro. Talvez essa corrida me tivesse deixado especialmente de rastos! Liguei ao médico a dizer que já não me conseguia mexer. Entrar e sair do carro era uma tortura, a barriga pesava e sentia uma moinha no fundo da barriga. "Venha para cá! Estou no consultório até às 20h. Vamos fazer outro CTG!"

Ai que emoção! Fui a correr buscar a mala da maternidade sem saber se vinha dormir a casa. No consultório o CTG acusava contracções de nível 105/106 com intervalos de 10 minutos. Eu não sentia qualquer dor. Senti-me uma heroína e achei que sendo assim, a coisa ia ser fácil! Venham as contracções e o trabalho de parto. Conclusão após o CTG. "Já não passa de amanhã! Vou ligar para o hospital para prepararem o quarto e fica a repousar durante a noite."

Liguei ao Luís (que já estava a sair do escritório) a pedir para ir ter ao hospital. Nem podia acreditar que já tinha chegado a hora. Embora nada estivesse a acontecer como previsto. Sempre achei que ia entrar em trabalho de parto durante a noite e ia chegar ao hospital de madrugada.

Ao contrário disso, fiz o check-in como se fosse num hotel. Ou melhor, o Luís fez o check-in. Enquanto isso, eu tomava um duche para me refrescar e a parteira perguntava-me o que queria comer.

O Luís ficou comigo até à meia-noite e depois foi para casa. Ordens do médico! "A Carolina tem de dormir descansada pois não sabemos como vai ser o dia de amanhã. Vá para casa descansar também, se houver imprevistos, nós chamamos!"


O resto fica para os próximos capítulos... :)


****

Sem comentários: