21/07/2016

Algumas questões que gostaria de colocar sobre os Pokémons

Caro jogador-treinador-angariador-idolatrador-seguidor de Pokémons: 

. Tens vida para além do telemóvel? 
. Também costumas apanhar gambuzinos em noites de lua cheia? 
. Nunca ficaste com um torcicolo? 
. Alguma vez foste abalroado por um poste que não devia estar ali? 
. E por uma árvore? 
. Os teus amigos ainda falam contigo? 
. Se eu puser uma data de pikatchus (não sei escrever isto!) no meu cesto das meias, eras capaz de vir cá dobrá-las?
. Como era a tua vida há 2 semanas? 
. Tinhas família? 
. Os teus filhos ainda se lembram como era antigamente? (Há duas semanas) 
. Sabias que o pokémon mais poderoso de todos se consegue apanhar saltando da ponte Salazar? 
. Sabias que a tua mulher conversa com o PT dela no whatsapp enquanto sais a correr da mesa para ir à esquina apanhar um bicho? 
. Depois de os apanhares, o que acontece? Jantam fora? Trocam carinhos? 
. Sabias que na idade adulta, já é suposto distinguir a realidade da ficção? 
. Se tivesses de descrever o teu tipo de par ideal, como seria? Com duas cabeças? Asas de dragão e pernas de avestruz? 

Desculpa a curiosidade. 

3 comentários:

Jonas disse...

Olá Kiki.
Então, respondendo às questões.
1 - Sim
2 - Não
3 - Já, várias vezes. Mas não por Pokemon Go
4 - Já, mas não a jogar Pokemon Go
5 - Também.
6 - Sim. E no meio de muita conversa diferente, fartamo-nos de falar de Pokemon Go
7 - Os Pokemons não se põem. Aparecem e desaparecem. Mas não me parece que fizesse qualquer diferença, porque sempre odiei dobrá-la, não era agora que ia passar a gostar.
8 - Igual, mas com menos exercício e com menos palhaçada e debate e trocas de dicas com o pessoal cá de casa.
9 - Tinha. Somos 4, cá em casa (mas é uma família daquelas não tradicionais).
10 - Lembram lindamente.
11 - Não é verdade. Se saltarmos da Ponte 25 de Abril, a velocidade tora-se demasiado grande para que possamos apanhar seja o que for.
12 - Eu não tenho mulher. Disse ali mais acima que se trata duma família não tradicional, mas não é nesse aspecto. Sou uma gaja, tenho um gajo. Não tem PT, e quando aparece um bicho que eu tenho de apanhar, normalmente digo, olha, um arbok 278, vê se o consegues apanhar também. E digo o mesmo à miudagem cá de casa. Ou eles a mim.
13 - Depois de os apanhar verifico se já faziam parte do meu acervo ou não. Não fazendo, ficam. Fazendo, olho para a pontuação, se for muito baixinha, despacho-os para o professor, se for uma pontuação simpática, mantenho-os, pode ser que sejam bons para evoluir.
14 - Sim, e esse discernimento não foi afectado com a existência do Pokemon Go. Há quem veja novelas, há quem joque Pokemon Go. Há quem faça ambas. Está tudo bem.
15 - O meu tipo de par ideal é o meu gajo. Com quem partilho a vida, Pokemon Go incluído. Ainda por cima ele tem um Vaporeon, 1520. Mas eu tenho um Pikachu.

Tenho em casa dois adolescentes. Há duas semanas, arrancá-los de casa para fazer fosse o que fosse, era um suplício. Hoje é fácil, bora caçar Pokemons? Estão sempre disponíveis. Divertimo-nos imenso. Ontem fomos para um ginásio, tomar conta daquilo, para ganhar XP, andando à batatada com outros Pokemons. Os outros era um grupinho que estava mesmo ali ao nosso lado, no jardim da igreja, com quem nos fomos metendo, e com quem nos fartámos de rir. Foi muito giro.

Espero ter ajudado a satisfazer a curiosidade (e, eventualmente, a minimizar o preconceito :)

Sara Guelha disse...

Escangalhei-me a rir. Genial!!

Lourenço disse...

Não jogo nem nunca vi ninguém jogar! O que percebo é que desperta ódio/amor nas pessoas! Devo, sem dúvida alguma, afirmar que esta é uma resposta genial! Teve mais graça que a provocação! Nota: acho esse jogo uma tolice. Mas isso sou só eu... ;)