25/04/2012

Liberdade e Democracia

Se eu gosto de poder votar? Gosto muito!
Se eu gosto de poder escolher a minha profissão? Gosto muito!
Se eu gosto de poder sair do país sem ter de pedir consentimento ao marido? Gosto muito!
Se eu gosto de andar na rua sozinha seja a que horas for? Gosto muito!
O que eu não gosto é das pessoas hoje em dia virem apregoar a liberdade de expressão e a democracia e depois não suportarem uma opinião diferente e virem com insultos e indignações. Porque afinal a liberdade é de todos e a minha acaba onde começa a vossa. Da mesma forma que a vossa acaba onde começa a minha! 
E critiquem-me por defender Salazar! Critiquem à vontade! Mas antes, façam-me um favor e vão ler um bocadinho sobre ele e não se baseiem apenas naquilo que ouvem. Por acaso sabiam que foi por causa do Salazar que o nosso país não se esmerdou na 2ª Grande Guerra? Por acaso sabiam que foi o Salazar que nos tirou da crise depois do estado em que os Republicanos deixaram o nosso país com a queda da Monarquia? Sabem porque é que o Salazar fechou as nossas fronteiras? Para dar oportunidade aos nossos agricultores, aos nossos pescadores, aos nossos industriais de terem trabalho e de venderem! Não é como agora que se compra tudo fora! Até as amêndoas do Algarve! Se ele exagerou? Claro que sim! Deveria ter parado numa determinada altura e fez mal em não o fazer. Se exagerou em algumas leis que publicou? Claro que sim! Há muita coisa que ele podia ter mudado logo na altura! Mas sabem que é que construiu as escolas todas e os hospitais deste país para que os iletrados todos pudessem ir à escola e para que as pessoas tivessem acesso à saúde? Pois é... Foi o ditador nazi e assassino.... Esse mesmo!
E há outra coisa que muita gente também não sabe ou não se lembra... O Salazar já nem sequer era vivo em 1974... Só um detalhe!
Se eu sou contra o 25 de Abril? Sou contra a forma como foi feito! Acham mesmo que a revolução foi pacífica? Acham mesmo que se tratou de uns militares a cantarolar pelas ruas com cravos espetados nas espingardas? Pois... Ninguém se lembra dos comunas que entraram pelas casas das pessoas dentro! Porque para os comunas, ter-se dinheiro era ser-se fascista, nazi e corrupto! As pessoas com dinheiro não podiam ser honestas e trabalhadoras... Ninguém se lembra das famílias inteiras que foram explusas das suas próprias casas e obrigadas a sair do país com uma mão à frente e outra atrás... Que ficaram sem as casas, sem as propriedades, sem os recheios, sem nada! Porque o comuna achava que quem tinha a mais tinha de dividir pelo povo! Sim! É uma bela forma de pensar... Os comunas de hoje em dia que se ponham a dividir o que têm pelo povo! Aposto que há por aí muita bibenda e muito mercedes nas mãos de comunas prontos para dividir com os camaradas... E metade dos comunas soubessem que o comunismo é ateu, deixavam de ser comunistas em três tempos!
Da mesma forma que eu respeito quem está a festejar o dia de hoje com cravos na lapela, têm de me respeitar a mim e a toda a gente seja qual for a opinião!
Porque não temos todos a mesma religião, nem cor política! Porque não gostamos todos de amarelo, nem de favas, nem de praia! E se tanto gostam da liberdade em todas as suas formas, não elevem as coisas à anarquia! Respeitem a diferença, da mesma forma que ela vos respeita a vocês!

39 comentários:

Sawabona Shikoba disse...

Nao diria melhor! Nota 10.

Catarina P. disse...

Agradeço ter partilhado o seu ponto de vista!

Anónimo disse...

Não saberia dizer melhor. Apesar de não ter vivido nem perto desses tempos, concordo plenamente com tudo o que disse.

:)

Unknown disse...

Entendo bem o seu ponto de vista, mas no fim das contas o 25 de Abril foi necessário. Como tudo na vida teve os seus prós e contras! Mas foi necessário.

Políticas à parte. Celebra-se hoje a Liberdade. E isso sim é importante!

Sexinho disse...

Ontem mesmo, enquanto rodava pela cidade com o meu filho e dissertava sobre como foi aquele dia, falei-lhe exactamente disso.
falei-lhe do que foi bom, porque a liberdade é um bem maior mas falei-lhe também das liberdades a que assisti; não fui directamente prejudicada porque de nosso, eu e os meus pais apenas tinhamos as ruas para passear, não fomos participantes mas lembro-me de todos os dias ver mais uma casa ocupada, destruida, de mais familias expulsa do que era seu por direito (herança ou trabalho não me interessa, era deles). Lembro-me dos ocupantes, partirem, atirarem pelas janelas os bens dessas casas, lembro-me de ver fazer fogueiras nos chãos dessas casas (via-se quando passavamos) e lembro-me de ficar triste e não perceber afinal muito bem o que era a liberdade. Ontem também lhe falei nisso.

Gija disse...

Muito bem dito!!!

Mary disse...

Clap, clap, clap!

Marta Martins disse...

Que texto maravilhoso! Vou colocar no meu blog !

Anónimo disse...

No essencial concordo contigo até porque tive na família essas pessoas que ficaram sem nada. Conheço histórias na primeira pessoa. Dou-te os parabéns pela frontalidade, é que é muito mais confortável postar um cravozinho e dizer 25 de abril, sempre...liberdade e bláblá. Mas ninguém se lembra do outro lado. Aqueles que chamas de "comunas" também os tenho noutra parte da família, com essas tais casas de férias e carros e o discurso é esse mesmo, na mouche.
No entanto, e é aqui que não concordo, não é por isso que sou a favor do regime de salazar e que não deixo de lhe chamar ditadura. Porque acredito piamente que a inércia que vivemos hoje enquanto país e povo AINDA é o reflexo desses tempos tolhidos. Não começou em 1974, mas antes e quem sabe como teria sido se o regime não se tivesse aguentado tanto tempo. Quem sabe não seria hoje uma "liberdade" diferente. Como dizes, não concordo é com a forma. Em todo o caso, parabéns pela coragem, bom post.

Carla Marialva disse...

Foi necessário sim senhora e bem dito, pena ter sido feito por um povo tão despreparado para a liberdade como o nosso.
Neste momento ,como tão bem o disseste, não vivemos uma liberdade mas sim uma anarquia, e entristece-me profundamente que os miúdos que nasceram a partir dos finais de 80 inicio dos 90 estejam nas tintas para tudo isso.
Desculpem-me os comunas que andam por aí mas andamos a precisar de um Salazarzito de novo.
Ah e desculpa não porque afinal VIVA A LIBERDADE .

Kaf disse...

Respeito, não concordo, mas respeito...
Ainda assim, apesar do blog ser teu mas como estamos num estado livre e de direito :D, aqui vai...
É claro que o 25 de Abril não foi a revolução perfeita... não há nenhuma assim pura e imaculada. Teve muitos contras e senãos, muita gente que saiu com uma mão à frente e outra atrás...
Muita asneirada foi feita no periodo pós-25 de Abril.
Mas e então aquelas familias que viram os seus interrogados pela PIDE? Pessoas que viram as casas viradas do avesso por essa chamada "ordem"!
Mães que deixaram de ver de um momento para o outro os filhos... sim, porque eu conheço esse lado. Pessoas que foram torturadas em pró de um estado e de uma ditadura... que não podiam dizer o que queriam? Mulheres que viviam presas literalmente ao marido, que não podiam viajar sem autorização?!
Muito do conformismo do "povo portugues" ainda vem do pré-25deAbril... do "não digas e não faças, não te chateies que é melhor"
O 25 de Abril não foi perfeito, mas ainda assim, foi o melhor que nos podia ter acontecido!
E isto são pontos de vista e nos dias que hoje correm ainda os podemos ter assim tão diferentes! :)

Marisa Reis disse...

Não poderia estar mais de acordo com a tua opinião, é exactamente isso. Eu ainda vou mais longe e acho que para endireitar o país teria que ir um Salazar para cada distrito.

Mariana R. disse...

Apesar de não concordar por inteiro com o teu ponto de vista, aprecio as tuas ideias e respeito-as :)

Muito bem escrito.

Anónimo disse...

Não conheço nenhum rico honesto .. é tudo favas contadas lol

Anónimo disse...

Olá!
Ainda ontem, por outras palavras, disse mais ou menos isto ao meu marido.
Eu não teria escrito melhor e concordo a 100%.
Com os devidos créditos, vou partilhar no meu blog.
Obrigada pela opinião!
Beijinhos,
Cíntia

Maria João disse...

Sinceramente não vou entrar em guerras desnecessárias só porque tenho um ponto de vista diferente. Quando comentei o post anterior que continuo a achar infeliz tendo em conta a forma como se referiu ao feriado "aboli-ao cá com uma pinta" não pretendi atacar ninguém nem nenhuma ideologia. Já com este post de hoje vi que fez bem o trabalho de casa, muito provavelmente nem viveu o 25 de Abril ao contrário de muitos portugueses (nos quais me incluo) por isso não a condeno. Não esteve nas ruas, não viveu na pele os efeitos. Se calhar se o tivesse vivido não pensava dessa forma.
Muito não faltará para seguirmos as pegadas de Sarkozy e mandar "a escumalha" de volta para os seus países (pois só tiram trabalho aos portugueses???) muito não faltará para deixar de haver saúde e educação gratuitas, muito não faltará para que a miséria volte à ruas e aos rostos. Até pode defender Salazar pelo lado que mais lhe convém, seguramente sempre teve a sorte de nunca ter vivido a realidade social pré 25 de Abril. Ainda assim não a condeno mas também não generalizo grupos nem os responsabilizo em particular por quaisquer episódios de rebelião resultantes de qualquer revolução. Não definem a liberdade nem rotulam uma época. Eu vivi o 25 de Abril não me limitei a seguir correntes de opinião, muitas delas desprovidas de qualquer fundamento.
E não, não sou comuna. Mas e se fosse? seria assim um bicho tão mau?

Ps: Um resto de um bom 25 de Abril para si e para os seus.

Anónimo disse...

Fechou fronteiras e não permitiu de entrássemos na 2ª Grande Guerra? que que oportuno. Morreram 8.000 portugueses durante a guerra do ultramar, a sua família deixou lá alguém? Possivelmente se hoje tivéssemos um Salazar o seu marido ou filho teriam de seguir para uma guerra "dentro das nossas fronteiras" Gostava?

Só Sedas disse...

Como é que se aplaude em bloguês? Lol Pois é querida, no nosso pais passou-se de um extremo ao outro onde o espirito critico de cada momento foi completamente aniquilado. Uns burrinhos com palas nos olhos, é o que mais há por ai (e não, não estou a falar só dos comunistas... quem já se exaltou, que tire as palas)

pintasqb disse...

Adorei e partilhei. Desculpe a ousadia mas vinha na sequência dum post escrito por mim sobre o mesmo tema. Está devidamente salvaguardada a referência ao blog de onde foi retirado

Kiki - Família de 3 e 1/2 disse...

Só agora tive tempo de ler todos os comentários com atenção.
Obrigada a todos pelas partilhas, sejam contra, sejam a favor, sejam assim-assim. É disto que eu gosto! De uma discussão serena e civilizada!

Um resto de óptima semana a todas!

Marta disse...

A mim faz-me é realmente muita confusão ver comentários aqui a subscrever isto ou aquilo só porque sim e porque não sei bem o que dizer mas isto até está muito bem escrito e tal deixa-me lá partilhar no meu porque eh pá enfim nem vivi o 25 de Abril. Mais, a displicência de algumas pessoas que até acham que a solução para os problemas reais que o país atravessa, pobreza sim, fome, falta de acesso a cuidados básicos de saúde, passe antes pela actuação de «um Salazar em cada distrito?!» Isto sim, é o Estado da nação que se faz de cega e não quer ver o que lhe está mesmo à frente dos olhos. A culpa da crise económica que vivemos não é do 25 de Abril nem dos anarquistas muito menos dos comunistas. Oh Deus, isto sim é que me provoca um certo amargo de boca, a falta de informação que pelos vistos irá perpetuar para as gerações vindouras cada vez mais saídas do molde e sem qualquer acepção de pensamento crítico. Esquecem-se é que as vítimas de tudo isto serão mesmo os nossos, vossos filhos.

Patrícia Teodoro disse...

Epá essa de não conhecer nenhum rico honesto é o mesmo que se dizer que tb não conheço nenhum beneficiário de rsi honesto...

Cor politica, religião cada um tem a sua o que não suporto é os falsos moralismos, é as contradições no que sai de cada boca e do que depois é praticado. e se antes havia pouca liberdade hoje não existe o respeito por essa liberdade, não existe o respeito pelo próximo e pior muitos não pensam nos meios para atingir os seus fins...ricos ou pobres. mas pobres, pobres são os de espírito e por aí há tantos,

Carol quanto ao teu texto concordo em grande parte outra nem tanto mas lá está as nossas opiniões baseiam-se nas nossas experiências. Mas olha que me ensinaste aqui umas coisinhas.

beijos nossos...ALMOÇO quero almoço

Sandra disse...

Acompanho regularmente o seu blogue, mas desta vez não concordo minimamente consigo. Somos da mesma geração, nasci em 1983.

Se não fosse o 25 de Abril estaria condenada a uma vida de trabalho quase escravo no campo, de sol a sol, porque jamais poderia uma neta de agricultores e filha de operários sonhar em estudar, em seguir um sonho. Por causa dos anos e anos de ditadura do Salazar e seu governo, os meus avós tiveram uma vida de sacrifícios que não passam pela cabeça a muita gente que vivia nos charmes, elegâncias e boas vidas das cidades grandes (Porto e Lisboa, particularmente). Eu fui para Lisboa aos 18 anos para fazer o meu curso superior, graças às oportunidades que o 25 de Abril permitiu. A minha avó foi para Lisboa, ainda criança, para ser criada - quase escrava - na casa de senhores poderosos e ricos.

Graças aos ideiais dessa ditadura maldita, milhares de homens - que não foram para a 2ª Grande Guerra - partiram, sem opção, para o Ultramar donde voltaram mortos, mutilados ou com traumas que ainda hoje, quase 40 anos passados, ainda desesperam famílias inteiras.

O 25 de Abril não foi uma revolução de comunas... foi a revolução de um povo oprimido, esgotado e sacrificado. E para mim é importante que continue a ser recordado, que continuem a ser homenageados os homens e mulheres que tiveram a coragem de enfrentar as elites, a PIDE, o terror de tudo o que aconteceria se fossem apanhados pelos assassinos da ditadura. Tenho pena ao ver crianças e adolescentes com uma total indeferença pelo 25 de Abril, pela Liberdade e pela Democracia. Lamento que vejam a ditadura como algo distante, quando afinal faz parte de uma história recente, muito recente no nosso país.

Marta disse...

Graças a Deus que não gostamos todos do mesmo, mas gostar (aplicando os seus termos) de uma ditadura parece-me uma deturpação total dos valores essenciais de uma sociedade.
E não se esqueça que é graças a esses "comunas" de quem diz tão mal que hoje pode votar, que hoje não tem de se subjugar a um marido, que hoje pode ter uma opinião. Não se esqueça que muitos "comunas" morreram às mãos de Salazar para que hoje possamos ser cidadãos inteiros e responsáveis.
Digo-lhe exactamente o mesmo, antes de vir defender Salazar e o regime, vá ler um bocadinho de história, vá perceber como era o Portugal real para os mais pobres, vá ouvir relatos de quem foi torturado, de quem esteve numa guerra em que não acreditava.
A ingratidão e o esquecimento são defeitos muito grandes e tenho muita pena que, hoje em dia, este tipo de discurso ainda exista e, pior, seja tranasmitido a crianças.

Marisa Reis disse...

Como quem se não sente não é filho de boa gente e respondendo à Marta, o meu pai também andou em Moçambique na guerra do Ultramar 27 meses, e ele é o próprio a dizer que o 25 de Abril nunca devia ter existido, que foram todos uns ladrões que inclusive roubaram uma ponte, porque para os mais incultos a ponte que liga Lisboa a Almada não era chamada de ponte 25 de Abril mas ponte de Salazar. A maioria dos edifícios públicos foi mandada construir por este senhor. E se do lado paterno não havia queixas do materno muito menos, porque não eram ricos, eram da classe média baixa, trabalhavam de sol a sol mas eram felizes... passavam fome? não, não comiam o que nós comemos, não poderiam expressar a opinião em blogs, claro que não, até porque para os mais novos, há 18 anos atrás praticamente não havia internet em Portugal quanto mais blogs, mas se eram felizes... sem dúvida que eram...

Desculpa Kiki ter usado o teu blog para resposta mas infelizmente teve que ser.

Bjs e continua a ter as tuas opiniões, até porque afinal ainda o podemos fazer...

saudosa disse...

Kiki, o teu texto está magnífico, e sobre ele não acho necessário acrescentar mais nada. É a tua opinião, com a qual eu concordo em quase tudo...

Mas quanto a estes comentários todos, tanto para aqueles que concordam contigo, como àqueles que o criticaram, recomendo uma investigação mais apurada não sobre o 25 de Abril, mas sobre o 25 de Novembro!!!

Porque não, o 25 de Abril não foi feito por comunas, foi feito por militares que queriam acabar com a guerra colonial e com a censura e com isso trazer a democracia a Portugal. E os comunas aproveitaram-se disso e queriam implementar outra ditadura, de esquerda, como se isso fosse diferente da outra!

Leiam livro da Zita Seabra e aprendem qualquer coisa!

Ana disse...

Mais digo: não é por se reconhecer pontos positivos numa ditadura que se é apoiante da mesma. Isso é redutor e fundamentalista.
Sobre ditaduras: recordo que a esquerda usurpou, sem eleições, o poder usando o 25 de Abril de 1974, sustentando a sua "acção" com o "necessário" PREC - período de revolução em curso - que mais não foi do que uma tentativa de implantação de uma ditadura por parte dos Comunistas.
É importante referir que pior que um ditador é alguém, como o senhor Álvaro Cunhal, que supostamente combateu uma ditadura, querer outra para Portugal.
Hoje vivemos em liberdade, embora com uma noção muito adulterada da mesma, uma vez que há por aí muita gente que a confunde com irresponsabilidade e impunidade.
Na verdade, agora que acabou a ilusão do dinheiro fácil, vemos que não mudámos assim tanto e que os grandes beneficiários desse mesmo dinheiro foram os que...ironia das ironias...mais defendem esta abrilada. É evidente que havia muitas coisas más antes do 25/4. Mas se eu quiser tirar um curso superior estou na mesma situação do que aqueles que queriam tirá-lo no tempo de Salazar: só os que têm dinheiro podem ter acesso à saúde, à educação e à justiça. O resto, peanuts! Se a culpa é deste governo? Tem a sua quota parte, sim. Mas os anteriores não estão isentos de culpa! Portanto, em vez de andarmos todos a chatear-nos por causa de algo que só virou o país à esquerda sem avançar um milímetro, é começar a abrir a pestana e a intervir. Que o povão reclama muito, mas na hora de se informar, reclamar e votar...vai à praia, que a política não é com ele. Depois queixa-se. Bah...

Unknown disse...

Kiki, não podia discordar mais de ti. Quanto ao papal de Salazar, aa ditadura, no valor da liberdade, no que significou o 25 de Abril. Excessos todas as Revoluções têm, ninguém sai ileso de uma Revolução, mas mil revoluções à vida em ditadura.

Pelos comentários fico assustada com o branqueamento da imagem de Salazar e da ditadura, o que é tão perigoso...
Pior é que não é um mal exclusivamente português, começa a ver-se o branqueamento do fascismo, da extrema direita por toda a Europa e traz muito más memórias, que felizmente não são do meu tempo, mas que eu conheço porque a história serve para dos factos tirarmos lições.

Por muito caótica que estivesse a Primeira República, por muito que Portugal precisasse de um pulso firme nessa altura e o tenha tido, Salazar e o regime que ele controlou e deixou perdurar até após a sua morte foi ditatorial e eu nunca quereria viver numa ditadura. Uma democracia como deve ser faz-nos uma imensa falta, mas ainda assim prefiro políticos corruptos que o povo eleja do que uma ditadura muito poupadinha e trabalhadora, que vota o seu povo à ignorânica e falta de liberdade...

Claudia disse...

A mim faz-me só confusão que se diga tantas vezes "Graças a Deus" quando antes achou que os feriados religiosos não faziam falta nenhuma... mas ok, opiniões. Maria Kiki está a criar inimigos na blogosfera e olha, eu não abolia, e sem cor politica metida nisto acho que o Salazar fazia cá muita falta nos dias que correm... Mas nem tanta opressão, nem tanta liberdade, nós não temos meio termo

Claudia disse...

A mim faz-me só confusão que se diga tantas vezes "Graças a Deus" quando antes achou que os feriados religiosos não faziam falta nenhuma... mas ok, opiniões. Maria Kiki está a criar inimigos na blogosfera e olha, eu não abolia, e sem cor politica metida nisto acho que o Salazar fazia cá muita falta nos dias que correm... Mas nem tanta opressão, nem tanta liberdade, nós não temos meio termo

Lina disse...

Kiki,
comentário de apoio para dizer que o que mais aprecio no 25 de abril é a possibilidade de conviverem ideias tão diferentes, apesar de ainda ser tão difícil fazer isto entrar em algumas cabecinhas. E dá-me pena é que ainda exista gente que não consegue opinar sem recorrer ao anonimato. De que se escondem? E o que escondem? Bjs

Blog da Maggie disse...

Eu gostei Kiki!

Bjo
Maggie

Sónia disse...

Concordo com algumas coisas, outras não mas aplaudo-te por por pores aqui este texto, tens todo o meu respeito!
Beijo grande

Marta disse...

E mais nada! Tal e qual...

macaca grava por cima disse...

A tomar um partido, nesta discussão, assino por baixo o comentário da Maria de Lurdes!

Mas, tb já dizia Voltaire (e de certa forma a Kiki disse-o neste post): "Eu não concordo com uma palavra do que você diz, mas defenderei até a morte o direito de dizê-las"... e aí é que assenta esse belo conceito que dá pelo nome de Liberdade

Sara disse...

bem... faço-te(lhe!?) uma vénia! é certo que estou longe de ser uma entendida no assunto e que sou bastante despassarada no que toca a politica e afins... mas dei-me ao trabalho de, ha uns anos, ir pesquisar mais a fundo sobre Salazar e a verdade é que a minha opinião mudou radicalmente! essa mania de se ir pelo que se ouve...

tudo para dizer que concordo a 100 por cento com o que foi dito e com a maneira como foi dito! adoro este cantinho :) beijinhos*

C* disse...

Um belo texto, apesar de focares aspectos aparentemente positivos de alguém cruel e autoritário!

1. É verdade que Salazar realizou um milagre financeiro enquanto Ministro das Finanças, um aspecto positivo e de louvar, se não estivéssemos numa ditadura militar e se não tivesse resultado nos excessos que todos nós conhecemos.

2. Portugal não aderiu à Segunda Guerra Mundial não por altruísmo, mas por interesse. A Segunda Guerra ficou marcada como a guerra da democracia (+ socialismo, porque tinha pretensões em dominar o mundo e por isso tinha que travar o nazi-fascismo, aliou-se por interesse) contra as ditaduras de direita (nazi-fascismo), ora se a ditadura de Salazar era uma ditadura de direita, inspirada no fascismo italiano, é óbvio que se entrasse na guerra seria pelo lado dos totalitários, o que o colocava entre a espada e a parede, pois lutaria contra a sua velha aliada Inglaterra, e a Portugal interessa a aliança com a Inglaterra! Salazar era autoritário mas não era estupido, tudo o que ele fazia era em prol dos seus interesses

3. É óbvio que Salazar defendia uma política de autarcia, mas sabes porque é que a economia portuguesa estagnou? Porque os donos das terras de cultivo (principalmente os latifúndios do Sul) não cederam as suas terras para o desenvolvimento do país, deixando-as inutilizadas. Ou seja, a conquista das terras pelos trabalhadores permitiu o reaproveitamento dessas terras que se encontravam inúteis. Apesar de compreender a posição dos proprietários que perderam as suas casas, também percebo o lado dos trabalhadores, que durante anos tiveram uma vida miserável e de desrespeito graças a esses proprietários.

4. Não podes ver os comunistas como os “maus da fita” porque apesar de não terem agido correctamente após a revolução, foram bastante perseguidos pela PIDE por aspirarem à liberdade e à democracia e a sua base ideológica é correta

Anónimo disse...

Oi! Venho avisar-te que no blog O STRESSADO, o título " Tão novas e tão inconscientes coitadinhas" é dedicado a ti!
Bjs.
Ana

Kiki - Família de 3 e 1/2 disse...

hahahah Obrigada Ana! Não é o único! ;)

bjsss